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Papa critica disputas internas da Igreja em encontro de bispos

Em sínodo, Francisco censura divergências públicas de conservadores e liberais sobre comunhão de divorciados

Encontro discute questões da família até o dia 19; reunião é a mais importante do atual pontificado

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ao abrir no domingo (5) o encontro mais importante de seu pontificado, o papa Francisco mostrou irritação com uma disputa pública travada entre líderes progressistas e conservadores da Igreja Católica sobre questões relacionadas às famílias.

A Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada para tratar da temática da família no contexto da evangelização, é a primeira desde a eleição de Francisco, em março de 2013.

No mês passado, o cardeal conservador americano Leo Raymond Burke e outros religiosos publicaram um livro defendendo com força que se continue negando a comunhão aos fiéis que se divorciam e se casam novamente.

O principal alvo da recomendação foi o cardeal alemão Walter Kasper, para quem devem ser encontradas formas de mostrar misericórdia àqueles cujos primeiros casamentos fracassaram e que querem permanecer como parte integral da Igreja.

Kasper, que o papa caracterizou como um de seus teólogos favoritos, acusou seus críticos de atacá-lo porque ele encorajou o diálogo e indicou que o pontífice pode estar aberto a mudanças nos ensinamentos se houver recomendações dos bispos.

Em seu sermão de abertura do encontro na Basílica de São Pedro, o pontífice deixou claro aos quase 200 bispos presentes que a disputa interna não o agradou. "As reuniões do sínodo não têm o objetivo de discutir ideias lindas e inteligentes ou de ver quem é o mais inteligente", disse.

O debate sobre as questões da família se intensificou depois de uma pesquisa mundial mostrar que os católicos ignoram os ensinamentos da Igreja sobre controle de natalidade, sexo antes do casamento e aceitação do homossexualismo.

A reunião é vista como um teste para a visão do papa de uma igreja que seja mais próxima dos pobres e daqueles que sofrem --e não tão obcecada com questões como homossexualismo, aborto e contracepção.

Apesar disso, não se espera nenhuma mudança imediata como resultado do sínodo, que termina no domingo de 19 de outubro.

A expectativa é de que o encontro apenas prepare o caminho para uma reunião mais ampla dos clérigos católicos no próximo ano, que apresentará ao papa sugestões que poderiam levar a mudanças em questões relacionadas à família e à moralidade sexual.


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