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Argentina condena ex-ditador por assassinatos

Reynaldo Bignone está entre culpados pela morte de 33 operários durante regime militar

FELIPE GUTIERREZ DE BUENOS AIRES

A Justiça argentina condenou seis pessoas, entre elas o último ditador do país, Reynaldo Bignone, em um julgamento por crimes contra a humanidade cometidos contra 33 operários durante o último regime militar (1976-1983).

Bignone, que já foi condenado em outros três processos, recebeu uma nova pena de 23 anos. Ele assumiu a Presidência em julho de 1982 e entregou o cargo ao primeiro presidente civil, Raúl Alfonsín, em dezembro do ano seguinte.

A maior pena dessa ação coletiva foi a do ex-general Santiago Omar Riveros, de prisão perpétua. Ele chefiou o comando militar responsável pelos desaparecimentos.

Os outros condenados --dois militares, um antigo guarda municipal e um ex-policial-- receberam sentenças de nove a 17 anos. Três acusados foram absolvidos.

Os trabalhadores são "desaparecidos", ou seja, foram sequestrados por milícias ligadas à ditadura, mas seus corpos nunca foram encontrados. Ele eram operários de estaleiros, fábricas de cerâmica e uma metalúrgica.

Como as vítimas eram sindicalistas, a Justiça considerou que houve perseguição a trabalhadores organizados.

A decisão faz parte de um processo maior, que julga crimes cometidos por militares e milícias no Campo de Maio, área militar entre os municípios de Tigre e San Miguel.

Um advogado que representa familiares dos operários assassinados pediu à Justiça a continuidade da investigação e a penalização dos civis cúmplices nos crimes.

Ele apresentou uma lista de diretores, gerentes e chefes de departamentos das empresas que teriam compactuado com os militares.


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