Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Protestos na Turquia deixam 21 mortos

Curdos reclamam da falta de ação do governo turco contra o Estado Islâmico, que avança na cidade de Kobani

Milícia radical islâmica dominou dois distritos de cidade síria de população curda, na fronteira com a Turquia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Confrontos entre a polícia da Turquia e manifestantes curdos deixaram ao menos 21 mortos em diferentes regiões do país nesta quarta (8).

Os curdos reclamam da falta de ação militar da Turquia contra a milícia radical Estado Islâmico (EI). A facção avança para controlar a cidade síria de Kobani, que fica na fronteira entre os dois países e onde a maioria de população é de etnia curda.

Nesta quarta, o EI conseguiu entrar em dois distritos estratégicos da cidade, após mais de três semanas de intensa disputa com as forças curdas pela área.

Kobani está perto de cair para o EI, mas o presidente turco Recep Tayyip Erdogan não permite que os curdos cruzem a fronteira para se juntarem à luta, o que é um dos motivos da revolta.

O avanço da milícia na cidade acontece apesar dos ataques aéreos feitos pela coalizão liderada pelos Estados Unidos. O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que só os bombardeios não conseguirão frear a facção.

"Só ataques aéreos não vão fazer isso. Eles não vão salvar a cidade de Kobani", disse.

Autoridades americanas teriam manifestado impaciência diante da falta de ação dos turcos.

O Parlamento da Turquia já autorizou ações militares contra o EI na Síria e no Iraque. No entanto, o presidente turco quer garantias de que os Estados Unidos também usarão a força para derrubar o regime do ditador da Síria, Bashar al-Assad.

Na Turquia, os protestos tomaram as ruas de cidades curdas do sudeste, além das maiores metrópoles do país, Istambul e Ancara.

Pelo menos dez pessoas morreram em Diyarbakir, maior cidade curda do país. Não foi divulgado o motivo das mortes.

A polícia reprimiu as manifestações com bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água. Autoridades impuseram toque de recolher, medida que não havia sido usada desde os anos 1990.

Os distúrbios se espalharam para outros países com população curda. Na Alemanha, 14 pessoas ficaram feridas em confrontos entre curdos e muçulmanos radicais.

Na Turquia, há a preocupação de que a revolta atrapalhe o processo de paz entre o governo e os separatistas curdos, que tenta resolver a insurgência de 30 anos. Até cerca de dois anos atrás, o Exército turco estava em guerra com o Partido Trabalhista Curdo (PPK).

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse que as negociações de paz não podiam ser prejudicadas por "vandalismo". Manifestantes queimaram carros e pneus.

IRAQUE

Nesta quarta, militantes do EI derrubaram um helicóptero do Exército iraquiano, matando duas pessoas, na cidade de Baiji, a cerca de 190 km da capital Bagdá.

É a segunda vez em menos de uma semana que os combatentes derrubam um helicóptero iraquiano. Acredita-se que tenha sido usado um lança-mísseis de ombro.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página