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Novos dados apontam retomada chinesa
Maior expansão da indústria em oito meses e alta nas vendas em novembro afastam temores de desaquecimento
Produção industrial supera previsões e cresce 10,1% em relação a 2011, mas inflação sobe 2% e preocupa
A Agência Nacional de Estatísticas da China informou ontem um aumento de 10,1% na produção industrial chinesa em novembro, a melhor performance desde março.
Somada a um surpreendente crescimento de 14,9% nas vendas no varejo, a alta na indústria afasta a possibilidade de esfriamento prolongado da economia do país.
A inflação também subiu 2% no período, depois do menor índice (1,7%) em 33 meses em outubro, puxada principalmente por variações climáticas sobre os valores de vegetais e outros alimentos.
A pressão sobre os preços de consumo sinaliza aquecimento da economia, mas também agrava a situação da população. Em especial a das famílias mais pobres, que gastam mais da metade de suas receitas com comida.
O crescimento da China vem desacelerando e chegou a 7,4% no terceiro trimestre, recorde negativo em três anos e meio, o que motivou uma série de estímulos à economia. Especialistas, porém, veem uma invejável combinação de inflação benigna e retomada econômica no início de 2013. Um cenário que dissipa perspectivas de intervenção monetária e fiscal.
"A economia está em um momento doce e pode se manter assim durante o primeiro semestre de 2013", disse Ting Lu, economista do Bank of America-Merrill Lynch.
Analistas avaliam, porém, que a recuperação será insuficiente para capitanear uma onda de crescimento global.
PROTESTO
Em um país marcado pela opressão e pela expansão desenfreada -não raro em detrimento dos direitos civis-, Pequim viu ontem uma incomum manifestação. Cerca de 300 manifestantes gritaram contra a construção de uma ferrovia de alta velocidade no distrito de Chaoyang.