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Temor de renúncia derruba Bolsa italiana

Anúncio de candidatura de Berlusconi e provável queda do premiê Mario Monti fizeram pregão de Milão recuar 2,2%

Tentando acalmar o mercado, premiê disse que não deixará vácuo no poder e que confia em um novo governo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O mercado italiano reagiu negativamente ao anúncio do primeiro-ministro, Mario Monti, que no último sábado disse que irá renunciar logo após a aprovação do Orçamento de 2013 pelo Parlamento, o que deve acontecer poucos dias antes do Natal.

A Bolsa de Milão caiu 2,2%, e o nervosismo também atingiu Espanha e Portugal, onde as Bolsas de Madri e Lisboa caíram, respectivamente, 0,56% e 0,64%.

Monti chegou ao poder em novembro de 2011, no auge da crise financeira na Itália. Durante seu mandato, ele implementou impopulares cortes de gastos e restabeleceu a credibilidade dos investidores na economia italiana.

Durante visita à Noruega, Monti tentou acalmar o mercado dizendo estar confiante de que o novo governo italiano seguirá responsável e comprometido com a União Europeia. Além disso, Monti negou a possibilidade de um "vácuo" no poder após a aprovação do Orçamento e afirmou que seu gabinete permanecerá no governo até a eleição do novo Executivo.

Monti também declarou que, neste momento, não considera a possibilidade de concorrer nas próximas eleições gerais italianas e que concentrará seus esforços no trabalho ainda a ser feito durante o seu mandato.

Autoridades europeias se pronunciaram dizendo que a atual política econômica italiana deve continuar, para evitar um retorno à crise.

"Monti foi um grande primeiro-ministro da Itália, e espero que as políticas postas em prática por ele continuem depois das eleições", disse o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy.

BERLUSCONI

A decisão de Monti foi uma resposta à retirada de apoio do partido de centro-direita Povo da Liberdade (PDL) ao governo e o anúncio de Silvio Berlusconi, do mesmo partido, da intenção de concorrer a um quinto mandato como primeiro-ministro. Para Berlusconi, a agenda de reformas de Monti condenou a Itália à recessão e o obrigou a tentar um novo mandato.


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