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Chávez terá recuperação dura, diz vice

Na TV, Maduro afirma que cirurgia em Cuba foi delicada e que país deve se preparar para "cenários complexos"

Em nota, ministro das Comunicações diz que seria "irresponsável" ocultar dados; dólar sobe no mercado negro

Palácio Miraflores/Efe
Guarda de Honra da Presidência venezuelana participa de missa pela recuperação de Chávez na sede do governo, o Palácio Miraflores, em Caracas
Guarda de Honra da Presidência venezuelana participa de missa pela recuperação de Chávez na sede do governo, o Palácio Miraflores, em Caracas
DE SÃO PAULO

O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou ontem que Hugo Chávez enfrentará dias "complexos e duros" após a cirurgia oncológica que realizou em Cuba e pediu que os venezuelanos se preparem para "cenários complexos".

Maduro discursou em cadeia nacional de rádio e TV na tarde de ontem, e não deu detalhes médicos sobre o estado de Chávez, que passou anteontem pela quarta operação em um ano e meio.

O vice-presidente havia dito anteontem que o mandatário se submeteu a uma intervenção para "corrigir a lesão que reincidiu no mesmo lugar", a zona pélvica, de onde foi retirado um tumor em junho de 2011.

"A operação de ontem [anteontem] foi complexa, difícil, delicada, o que nos diz que o processo pós-operatório também será complexo e duro", disse Maduro, em tom grave e abatido, ao lado de ministros que voltaram de Havana após a operação.

O presidente venezuelano, reeleito em outubro para governar até 2019, reconheceu no sábado, pela primeira vez, que a doença pode afastá-lo definitivamente do poder antes mesmo da posse do novo mandato, em 10 de janeiro.

"COMO UM PAI"

Desde então, o governo mudou a política de comunicação com respeito à doença. Até ontem à noite, foram quatro interrupções da programação de TV para informar sobre a cirurgia de Chávez.

Maduro, indicado pelo esquerdista como seu candidato à sucessão caso ele deixe a Presidência, pediu oração e "unidade" aos partidários de Chávez e criticou "uma minoria tão pequena quanto venenosa" da oposição que torce pelo pior desenlace.

À declaração de Maduro, somou-se uma nota do ministro das Comunicações, Ernesto Villegas, na qual diz que seria "irresponsável ocultar o delicado momento atual".

"Confiemos que, com o amor de milhões, o comandante se reporá logo e virá tomar posse", escreveu ele. "Nosso povo deve assimilá-lo como se tivéssemos um pai doente, numa situação delicada", seguiu.

O governo uniu os apelos pela saúde de Chávez à campanha para eleger governadores no domingo, sob protestos discretos da oposição, que o acusa de manipular o tema politicamente.

As notícias também reverberam no mercado negro de dólares na Venezuela, com câmbio controlado desde 2003. De cerca de 11 bolívares fortes por dólar em outubro, a taxa atingiu 17,7 bolívares fortes ontem, na Lechuga Verde (alface verde), uma das páginas de câmbio negro mais visitadas no país.

Antes do anúncio sobre a recaída do presidente, analistas de mercado esperavam uma nova desvalorização da moeda -oficialmente, 4,3 bolívares fortes por dólar- no primeiro semestre de 2013.


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