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Vilarejo orgulha-se de não possuir armas

Violento episódio chocou local, normalmente pacato, que teve seus principais acessos bloqueados pela polícia

Igrejas promovem vigílias em memória das vítimas; estudantes entrariam em férias na próxima semana

RAUL JUSTE LORES ENVIADO ESPECIAL A NEWTOWN, CONNECTICUT

Os moradores de Sandy Hook, um pequeno vilarejo de poucos quarteirões com casinhas que parecem ter saído de um filme americano, parecem não acreditar no violento episódio ocorrido ontem na escola primária que leva o nome do local.

O distrito, que é parte de Newtown, viu suas calmas ruas serem invadidas ontem por policiais, ambulâncias e jornalistas, após o massacre que deixou ao menos 26 mortos, 20 delas crianças, no colégio.

"Não conheço ninguém nessa cidade que tenha armas", contou Mitchell Lavee, 13, a jornalistas numa das ruas do centro do vilarejo.

Assim como Lavee, muitos moradores enfrentaram o frio de zero grau para dar depoimentos às equipes de reportagem.

Como em qualquer bairro pequeno, todos aparentemente conhecem alguém que estudava na escola ou tinha familiares e amigos no local do tiroteio.

O filho de uma amiga da mãe de Lavee estava no colégio no momento do massacre. Segundo o jovem, o menino Brady, 6, foi protegido por sua professora, assim que começaram os disparos.

"Ele me contou que foi salvo pela professora, que o enfiou num armário e o trancou", disse Lavee.

ACESSO LIMITADO

A escola permaneceu totalmente isolada até a noite de ontem. Mais de oito horas após o massacre, os principais acessos ao vilarejo de Sandy Hook também ainda estavam fechados pela polícia.

Apenas médicos, equipes de segurança e jornalistas podiam chegar ao centro do vilarejo.

Esta era a penúltima semana de aula dos cerca de 700 estudantes da escola primária Sandy Hook, antes dos feriados de fim de ano.

Agora, às vésperas do Natal, o clima é de luto nas ruas enfeitadas com luzes e pinheirinhos.

Ao menos duas igrejas da região -uma católica e uma metodista- haviam convocado para a noite de ontem vigílias pelas vítimas e seus familiares.

Mas não era preciso se dirigir a um desses centros para rezar pelas vítimas do massacre. Numa das ruas próximas à igreja católica, um cartaz convocava os pedestres: "Faça a sua oração aqui".


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