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Em pronunciamento a TV, Obama chora e promete ação

Presidente não chega a prometer legislação sobre controle de armas; prefeito de NY o critica

DE WASHINGTON

Enxugando as lágrimas, o presidente Barack Obama prestou condolências às famílias das vítimas em Newtown, afirmou que os EUA já tiveram tragédias demais com atiradores e conclamou a população a se unir por uma ação decisiva que impeça outras mais, sem dar detalhes.

"Teremos que nos unir e tomar uma ação decisiva para evitar tragédias fúteis como essa, independentemente da política", declarou Obama em um pronunciamento de cinco minutos na tarde de ontem interrompido três vezes para conter o choro.

Não ficou claro se Obama se referia a propostas para proibir a venda e o porte de armas por cidadãos comuns, garantido na Constituição americana e intensamente questionado no desenrolar de episódios como o de ontem.

No Twitter, "controle de armas" (#guncontrol) estava entre os dez tópicos mais discutidos no país ontem.

Os outros nove no microblog também se referiam ao crime, sendo que um deles falava da arma usada.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, rebateu, dizendo que "apenas pedir 'ação significativa' não é suficiente".

"Precisamos de ação imediata", afirmou ele, que integra a coalizão de prefeitos contra as armas.

Mais cedo, o porta-voz do presidente, Jay Carney, havia dito que o dia não era apropriado para debater o controle de armas.

"Haverá um dia para fazermos os debates pertinentes em Washington, só não acho que seja hoje", afirmou, acrescentando que o presidente acompanhava as notícias "também como pai".

EMOÇÃO

Obama tem duas filhas, Malia (14) e Sasha (11), e se mostrou comovido ao falar das crianças mortas.

"Nesta noite, Michelle e eu faremos o que acho que todos os pais nos EUA farão: abraçaremos nossas filhas mais forte e diremos como amamos uns aos outros", afirmou, com os olhos avermelhados.

"A maioria dos que morreram hoje eram crianças, garotinhos bonitos com idades entre 5 e 10 anos. Tinham suas vidas inteiras pela frente, aniversários, formaturas, casamentos, e seus próprios filhos", descreveu, embargando a voz e pausando para enxugar as lágrimas.

Apesar de inusitado, o choro público de um presidente não é inédito.

Em 2007, por exemplo, George Bush emocionou-se ao condecorar um militar morto no Iraque.

O presidente também homenageou os professores mortos, "homens e mulheres que devotam suas vidas a ajudar nossos filhos a realizarem seus sonhos", e prometeu ajudar o governador de Connecticut, Dan Malloy, a cuidar das famílias das vítimas.


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