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Cidade faz vigília após tragédia em escola

Polícia diz que atirador forçou entrada; motivos da matança, que vitimou 20 crianças e 6 adultos, ainda não estão claros

Atirador morava com a mãe, uma das vítimas, num subúrbio de classe alta; seu pai é executivo de companhia elétrica

Karsten Moran/"The New York Times"
Familiares e amigos reúnem-se numa igreja local para orações e vigília pelos mortos e feridos em massacre na escola primária Sandy Hook, em Newtown, no Estado de Connecticut
Familiares e amigos reúnem-se numa igreja local para orações e vigília pelos mortos e feridos em massacre na escola primária Sandy Hook, em Newtown, no Estado de Connecticut
RAUL JUSTE LORES ENVIADO ESPECIAL A NEWTOWN

A sede do Corpo de Bombeiros de Sandy Hook reuniu por toda a sexta e na madrugada de ontem os pais e familiares das crianças mortas no maior massacre em uma escola primária nos EUA.

O quartel fica a metros da escola onde o atirador Adam Lanza, 20, assassinou seis professores, entre eles a diretora da escola, e 20 crianças entre seis e sete anos, em duas salas de aula. Ele se suicidou em seguida.

Toda a área está isolada pela polícia, e pais das vítimas ainda não tinham deixado o local na manhã de ontem. A polícia não confirmou, mas acredita-se que os corpos das vítimas estivessem ali também.

A versão mais difundida extraoficialmente é que Adam Lanza matou a mãe pela manhã, antes de se dirigir à escola e promover o massacre.

Ao contrário de versões extraoficiais divulgadas anteontem, Nancy Lanza, a mãe do atirador que foi assassinada pelo filho, não trabalhava como professora na escola primária de Sandy Hook.

ENTRADA FORÇADA

Em entrevista coletiva ontem, o tenente-coronel Paul Vance, da polícia do Estado de Connecticut, afirmou que Lanza forçou a sua entrada na escola, que habitualmente exige a apresentação de documentos a visitantes.

Ele não deu detalhes -há diversas janelas quebradas, mas a polícia também quebrou janelas para entrar ali.

Vance disse também que a polícia encontrou indicações da motivação do crime na casa de Adam Lanza e na escola, mas não informou quais seriam. O tenente-coronel afirmou ainda que a escola ficará fechada por mais um dia para as investigações.

Ontem à noite, a polícia de Connecticut revelou os nomes de todas as vítimas, conforme era aguardado. Dos seis adultos, todos eram mulheres. Entre as 20 crianças mortas, oito eram garotos, e as 12 restantes, meninas.

Durante o reconhecimento dos corpos, foi divulgado que todas as vítimas receberam mais de um tiro. As crianças mortas tinham entre seis e sete anos de idade, segundo informações dos legistas.

RENDA ALTA

Adam morava com a mãe, Nancy, em um subúrbio de classe alta de Newtown, com casas amplas de dois andares e jardins bem cuidados, sem muros ou grades. A casa deles, com 350 m² de área construída, é avaliada em US$ 600 mil (R$ 1,25 milhão) por uma imobiliária da área.

Ali, a mãe guardava as três armas de fogo usadas por Adam, que ela comprara legalmente. A rua Yogananda está parcialmente interditada pela polícia americana.

Divorciado de Nancy desde 2008, o pai, Peter Lanza, mora em outra cidade, Stamford, e só soube do massacre protagonizado pelo filho ao ser questionado por um jornalista na porta de sua casa. Ele é vice-presidente de serviços financeiros da GE (General Electric).

Com 27 mil habitantes, Newtown, a cidade em Connecticut onde fica o vilarejo de Sandy Hook, tem uma das rendas per capita mais altas dos EUA. A renda média de uma família local é de US$ 120 mil por ano, e 95,1% da população é branca.

A três quadras da escola, uma sorveteria chamada Heaven ("paraíso") organizava uma noite de oração, com moradores da cidade cantando hinos evangélicos em memória das vítimas.


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