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Chavistas sugerem adiamento da posse

Constituição define data de 10 de janeiro, mas não se sabe se Chávez, em tratamento contra um câncer, poderá assumir

Vice venezuelano diz que tribunal chavista decidirá questão; se ele não tomar posse, deve haver eleição em 1 mês

FLÁVIA MARREIRO ENVIADA ESPECIAL A CARACAS

Integrantes da cúpula chavista deixaram aberta a a possibilidade de pedir à Justiça o adiamento da posse de Hugo Chávez para novo mandato como presidente da Venezuela, marcada para o dia 10 de janeiro.

A data é prevista pela Constituição, mas há dúvidas se Chávez, convalescente em Cuba de uma cirurgia para tratar de um câncer na região pélvica, terá condições de cumprir o compromisso.

Questionado sobre um possível adiamento, o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, primeiro disse que "não entraria em especulações". Depois, disse que a Sala Constitucional, parte do TSJ (Tribunal Supremo de Justiça), "está pronta para qualquer consulta".

O TSJ é o principal tribunal da Venezuela e está alinhado ao governo. O novo mandato de Chávez, reeleito em outubro, vai de 2013 a 2019.

Segundo a Carta, se o eleito não assumir, o presidente da Assembleia, Diosdado Cabello, deve tomar posse e convocar novas eleições em até 30 dias. Líderes da oposição e constitucionalistas rejeitam a legalidade do adiamento.

A possibilidade de pedir à corte a mudança da data da cerimônia foi aventada por Cabello, aliado de Chávez, ao jornal "El Nacional".

Cabello, dizendo externar sua opinião e não a do governo, afirmou que a Constituição não deve ser observada "do ponto de vista restritivo".

"Não se pode amarrar a um dia a vontade de um povo. De fato, já há antecedentes: para um prefeito deram, em um momento, uma prorrogação de três meses, mas não se pode amarrar a vontade de um povo a uma data. Então, se não se faz neste dia, se não é no dia 10, a vontade de 8 milhões de pessoas não vale?"

"Com certeza a oposição espera que chegue 10 de janeiro para dizer 'aqui está a Constituição, se não é no dia 10, pronto'", prosseguiu o presidente da Assembleia.

Chávez se submeteu a uma complicada cirurgia oncológica em Cuba na semana passada. Segundo o governo, teve uma infecção respiratória na segunda-feira e, agora, sua condição é "estável".

ORIENTAÇÕES

Ontem, Maduro disse que o governo está contando a verdade sobre o estado de Chávez e esperar que o presidente, "comandante das mil vitórias e dos mil milagres", tome posse.

"Se não for assim, ele [Chávez] deixou orientações públicas claras sobre qualquer cenário", disse o vice.

Antes de viajar a Cuba, o presidente admitiu que a doença poderia afastá-lo do cargo e anunciou, em cadeia de rádio e TV, que Maduro era seu candidato em caso de novas eleições presidenciais.

Chávez, no entanto, jamais mencionou a possibilidade legal de que o presidente da Assembleia assumisse interinamente o poder.


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