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Conselho de Segurança da ONU aprova envio de militares ao Mali
Região norte do país africano caiu sob o controle de radicais islâmicos após golpe em março
Ação foi impulsionada pela França, que teme que região se torne plataforma para ataques terroristas
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) autorizou ontem o envio de uma missão militar africana ao Mali para ajudar as autoridades a recuperar o controle do norte do país, nas mãos de rebeldes islamitas desde março.
A resolução, impulsionada pela França -que teme que a região se torne uma plataforma de ataques de organizações islâmicas terroristas a seu território-, autoriza o envio de uma força militar conjunta africana (Afisma) e foi aprovada por unanimidade pelos 15 membros do Conselho.
A força militar atuará por um período inicial de um ano para treinar o Exército do país e ajudar o governo a recuperar o controle do norte do país, tomado por "terroristas, extremistas e grupos armados".
O principal órgão de decisão da ONU ainda estabelece metas para o país, como a realização de eleições presidenciais e legislativas que sejam "pacíficas, críveis e inclusivas" para o próximo mês de abril "ou tão rápido como seja tecnicamente possível".
A resolução também pede que os grupos rebeldes cortem todos seus vínculos com os grupos terroristas, especialmente com a Al Qaeda no Magreb Islâmico e o grupo Monoteísmo e Jihad na África Ocidental.
O governo central e a Comunidade Econômica de Estado de África Ocidental (Cedeao) haviam apresentado à ONU um plano para o envio de 3.300 soldados africanos para recuperar o controle sobre o norte do país -a operação não deve ocorrer antes de setembro, porém.
Desde março, rebeldes tomaram o controle dos principais centros urbanos do norte, onde há relatos da implantação de uma versão radical da sharia, a lei islâmica.