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Obama troca Hillary por Kerry no Departamento de Estado dos EUA

Indicação do ex-candidato à Presidência americana ainda tem de ser aprovada pelo Senado

Democrata, que concorreu em 2004, tem bom trânsito com republicanos na comissão sobre tema

DE WASHINGTON

O presidente Barack Obama indicou o senador democrata John Kerry, que perdeu as eleições de 2004 para George W. Bush, para substituir Hillary Clinton no Departamento de Estado em 2013.

O escolhido precisa ser sabatinado pelo Congresso.

A saída de Hillary no segundo mandato, anunciada antes de Obama ser reeleito, foi pedida pela própria secretária e criou um dilema para o novo gabinete do presidente, que viu sua favorita, a embaixadora Susan Rice, desistir sob pressão da oposição.

Kerry, um veterano da Guerra do Vietnã que acaba de completar 69 anos e está no Senado desde 1985, é um nome mais bem recebido pelos republicanos, embora não tenha o apelo pop de Hillary.

Em comum com a ex-primeira-dama, o senador tem o fato de ser um candidato presidencial derrotado.

Mas, diferentemente dela quando assumiu, sua experiência em relações exteriores é ampla, tendo presidido a comissão do Senado para o assunto desde 2009.

"Ele não vai precisar de muito treinamento", afirmou Obama, com Kerry a seu lado, ao anunciar sua escolha.

"Ele conquistou o respeito e a confiança de seus colegas no Senado, democratas e republicanos. Acho justo dizer que poucos indivíduos conhecem tantos presidentes e primeiros-ministros ou dominem nossa política tão bem quanto John Kerry."

O governo brasileiro viu como "muito positiva" a indicação, principalmente por ser alguém que tem mostrado interesse em desenvolvimento sustentável e ambiente.

Para o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a atenção de Kerry pelo tema já o predispõe a ter interesse pelo Brasil.

Patriota conheceu o futuro colega em Washington, onde o brasileiro foi embaixador entre 2007 e 2009, e os dois participaram juntos, duas vezes, de debates no fórum econômico de Davos (Suíça).

Além disso, Kerry é casado com Teresa Heinz, que fala português fluentemente -a herdeira da fabricante de ketchup e molhos Heinz é filha de portugueses, nasceu e foi criada em Moçambique.

A fortuna do casal (ambos vêm de família afluente) serviu de alvo para críticos do senador durante a campanha presidencial de 2004, quando ele foi chamado de elitista e desconectado com o eleitor de classe média -como ocorreu com o republicano Mitt Romney neste ano.

Foi discursando na convenção partidária que o consagrou candidato que Obama ganhou projeção nacional.

O senador por Massachusetts, que tem duas filhas e três enteados, vive com a mulher em uma mansão em um bairro nobre de Boston.

Com sua entrada no governo, o Estado deve marcar eleições para preencher a vaga.


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