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Vice renuncia no 2º dia do referendo egípcio

Presidente do banco central também deixa o cargo; votação nos 17 distritos é tranqüila

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O vice-presidente do Egito, Mahmoud Mekky, anunciou ontem sua renúncia ao cargo, no mesmo dia em que o país realizou a segunda e última parte do referendo sobre o projeto de Constituição que tem apoio dos islamitas.

Mekky afirmou que queria ter deixado o cargo no mês passado. Ficou por mais tempo, porém, para ajudar o presidente Mohamed Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana, a lidar com a crise que eclodiu após decreto em que Mursi se dava superpoderes.

"Há muito tempo, me dei conta de que a natureza do trabalho político não corresponde à minha formação profissional como juiz", declarou o vice demissionário. O Poder Judiciário egípcio foi o mais afetado pelo decreto de Mursi, que provocou greves de juízes em todo o país.

A Constituição colocada em votação ontem não prevê o cargo de vice-presidente.

Após a renúncia de Mekky, uma emissora de TV local anunciou que o presidente do banco central, Farouk el Okadah, também deixara o cargo. A informação foi depois negada pelo governo.

COMPARECIMENTO

Na manhã de ontem, antes da abertura dos locais de votação, às 8h (4h em Brasília), já se formavam filas nos 17 distritos onde se realizaria a segunda etapa do referendo, entre eles Giza, próximo de Cairo, e Luxor (no sul).

Com o forte comparecimento, a comissão eleitoral prolongou o horário da votação por quatro horas.

Ao contrário do que ocorrera na véspera, quando grupos pró-governo e opositores se enfrentaram em Alexandria, deixando ao menos 42 feridos, o dia foi calmo nos distritos onde houve votação.

Assim como na primeira etapa do referendo, porém, opositores e apoiadores da Constituição denunciaram irregularidades. As mais comuns foram atraso na abertura dos locais de votação e tentativa de militantes de influir no voto dos eleitores.

O movimento oposicionista 6 de Abril acusou ainda membros da Irmandade Muçulmana de distribuir comida a pessoas que votaram no "sim" e de fretar ônibus para transportar eleitores.

A primeira parte do referendo foi realizada no sábado anterior (15) em dez distritos, incluindo Cairo e Alexandria, as duas maiores cidades do país. Segundo dados oficiais, o "sim" teria recebido 56,5% dos votos, número contestado pela oposição.

De acordo com a agência estatal de notícias Mena, a comissão eleitoral vai anunciar amanhã os resultados definitivos do referendo.


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