Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Análise

A verdade é uma coisa e a histeria é outra no debate sobre abismo fiscal

HEID MOORE DO ‘GUARDIAN’, EM NOVA YORK

Quem tem medo do abismo fiscal? A resposta óbvia para essa questão é: Casa Branca, o empresariado e o Federal Reserve -e, na verdade, não muita gente além da elite de Washington.

Economistas como Dean Baker e Paul Krugman dizem que um eventual abismo fiscal não será tão ruim, posto que nós temos semanas, senão meses, para reparar qualquer dano à economia.

O empresariado considera que o abismo fiscal deve ser evitado a qualquer custo.

No centro do debate, há uma enxurrada de números, estatísticas, parâmetros e cálculos apresentados aos olhos do público como a prova -a prova indubitável- de que o abismo fiscal está destruindo a economia.

Mas a verdade é uma coisa e a histeria é outra.

Infelizmente, o abismo fiscal é só um dos grande desastres econômicos que estamos enfrentando. Outras crises desafiam os EUA com impactos mais imediatos.

O maior problema é enfrentar uma greve iminente que pode afetar os maiores portos americanos. A última vez que isso aconteceu, custou à economia dos EUA US$ 1 bilhão por dia.

O contrato dos portuários expira hoje e a greve pode começar amanhã. A questão é tão importante que a entidade que congrega cem associações -incluindo a das montadoras, a da indústria de calçados e a de brinquedos, entre outras- enviou uma carta ao presidente anteontem solicitando intervenção da Casa Branca.

Uma greve significaria muito para os EUA, já que milhões de empregos dependem do fluxo por esses 14 grandes portos -incluindo Boston, Nova York, New Jersey, Filadélfia, Baltimore, Savannah, Nova Orleans e Houston.

De produtos agrícolas e bens de consumo, as mercadorias poderiam chegar mais tarde ou sofrer aumentos expressivos se os armadores tiverem que procurar outras rotas para entregar as cargas.

Outro grande problema que os EUA terão de enfrentar nos próximos dias é o limite de endividamento.

Atualmente, o limite é de US$ 16,39 trilhões. O Tesourou já tomou empréstimos de US$ 16,31 trilhões.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página