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Tumulto na Costa do Marfim mata 60 e fere mais de 200
Confusão teve início na saída de estádio após exibição de fogos de artifício para comemorar a chegada de 2013
Presidente do país classifica incidente como 'tragédia nacional' e promete investigação do caso
Pelo menos 60 pessoas morreram e cerca de 200 ficaram feridas ontem na saída de um estádio em Abidjan, na Costa do Marfim, após a exibição de fogos de artifício que marcaram o início de 2013.
De acordo com as autoridades, o número de mortos ainda pode aumentar.
Cerca de 50 mil pessoas se reuniram no bairro de Plateau para assistir ao espetáculo. Quando a multidão estava voltando para casa, assim que a festa acabou, começou uma correria em massa perto do estádio Felix Houphouet Boigny, de onde haviam sido lançados os fogos.
O tumulto terminou com muitas pessoas pisoteadas e esmagadas -a maioria delas tinha entre 8 e 15 anos.
Uma testemunha afirmou que a confusão teve início quando forças de segurança chegaram para dispersar a multidão, o que causou pânico e fez com que muitos saíssem correndo e pisoteando os que caíam pelo caminho.
O evento foi organizado pelo governo para celebrar a paz no país, depois de um período de violência política no começo de 2011.
Imagens transmitidas pela emissora de TV estatal mostravam cenas dramáticas das vítimas nos hospitais e também do local do tumulto, com manchas de sangue no chão e sapatos e roupas espalhados pela rua.
Ontem, pais desesperados foram ao necrotério e também aos hospitais procurar notícias dos filhos ainda desaparecidos. "Eu já vi todos os corpos, mas não consigo encontrar meu filho", disse Mamadou Sanogo, que procurava Sayed, 9. "Não sei o que fazer."
"Meus dois filhos vieram aqui. Eu disse para eles não irem, mas eles não escutaram e foram quando eu estava dormindo. O que eu farei agora?", disse Assetou Toure, que ainda não tinha informações se seus filhos sobreviveram ao tumulto.
ANGOLA
Dez pessoas morreram esmagadas em um evento da Igreja Universal do Reino de Deus em Luanda, em Angola. Cerca de 120 pessoas ficaram feridas.
Segundo a agência de notícias estatal Angop, as vítimas, entre elas quatro crianças, foram esmagadas nos portões do estádio Cidadela Desportiva, onde a igreja organizou uma vigília na noite de segunda-feira.
Um representante da igreja, citado pela Angop, afirmou que o evento estava superlotado.
"Nossa expectativa era receber 70 mil pessoas, mas esse número foi superado de longe", disse o bispo Ferner Batalha.
