Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Obama obtém do Congresso pacto fiscal

Votações sobre teto do endividamento e corte de orçamento de agências do governo foram empurradas para março

Tanto a Presidência quanto seus rivais republicanos clamam vitória no acordo que eleva imposto dos ricos

RAUL JUSTE LORES DE NOVA YORK

O Congresso americano aprovou um acordo para evitar o chamado "abismo fiscal", mas empurrou para março as votações sobre o teto do endividamento público e o corte compulsório do orçamento de várias das agências governamentais.

Os legisladores aprovaram, sem mudanças, por 257 votos a favor e 167 contra, o projeto encaminhado pelo Senado. Com o acordo, foram mantidas as reduções tributárias criadas durante o governo Bush (2001-2009) para 99,2% dos americanos.

Cerca de 0,8% dos contribuintes, com renda familiar anual acima de US$ 450 mil (R$ 920 mil) ou indivíduos acima de US$ 400 mil (R$ 820 mil), voltarão a pagar uma alíquota do imposto de renda de 39,6%, como era até o governo Clinton (1993-2001).

As Bolsas de Valores pelo mundo reagiram bem ao acordo de última hora -as reduções fiscais expiraram à meia-noite de 1º de janeiro.

O índice Dow subiu 2,35%, e o Nasdaq, 3,07%. O governo americano temia que um aumento brusco de impostos poderia abater a economia.

Obama garantiu um aumento de estimados US$ 620 bilhões (R$ 1,2 trilhões) em arrecadação para este ano, somando a nova alíquota para 1% dos mais ricos e o aumento do imposto descontado direto na folha de pagamento (que já tinha sido aprovado no ano passado).

E só ofereceu cerca de US$ 15 bilhões (R$ 30 bilhões) em cortes no gasto público, enquanto as lideranças republicanas pediam cortes de até US$ 400 bilhões (R$ 820 bi).

Mas os dois lados cantaram vitória. O governo comemorou a quebra da intransigência dos republicamos em permitir o aumento de qualquer imposto no país. Já os republicanos celebraram que as alíquotas reduzidas se tornaram permanentes para 99% dos contribuintes.

DISPUTA

Uma nova luta legislativa deve acontecer no final de fevereiro para aumentar o teto de endividamento do governo e também para discutir o corte compulsório do orçamento de diversas agências governamentais (as verbas extras foram prorrogadas por 60 dias no acordo votado).

O Partido Republicano não conseguiu evitar a exposição de seu racha público na votação. O líder republicano na Câmara, Eric Cantor, votou contra o acordo defendido pelo seu colega John Boehner, presidente da Câmara.

Várias isenções fiscais foram aprovadas no mesmo pacote para indústrias com bom poder de lobby, como a isenção de US$ 430 milhões (R$ 880 milhões) para Hollywood.

A votação para aprovar verba extra de US$ 60 bilhões (R$ 122 bilhões) para a reconstrução das áreas mais afetadas pela supertempestade Sandy foi adiada pela Câmara.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página