Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Para FMI e agências, acordo que evitou abismo fiscal é insuficiente
Principal crítica é que texto não resolve problema do deficit dos EUA
Dois dias após aprovado no Congresso americano o acordo para evitar o "abismo fiscal", o governo de Barack Obama foi alvo de críticas do FMI e de agências de classificação de risco.
A principal crítica é que o texto, que evitou o aumento de impostos para a maioria da população, não resolveu o problema do deficit e interrompeu a previsão de queda da dívida americana.
Apesar de parabenizar os congressistas por atingirem o consenso e pela aprovação do texto, o diretor de relações externas do FMI, Gerry Rice, disse que o acordo é "insuficiente" para levar as finanças públicas dos EUA em direção a um "caminho sustentável".
"Um plano abrangente que garanta, a médio prazo, um aumento de receita, bem como uma contenção nos gastos públicos, deve ser aprovado o quanto antes", afirmou.
Ele ainda destacou a necessidade de elevar rapidamente o teto da dívida -hoje em US$ 16,4 trilhões.
As agências Moody's e Standard & Poor's também defenderam que o acordo não resolve o problema da dívida. Segundo a S&P, o acordo "não avança muito para colocar as finanças públicas americanas numa trajetória mais viável no médio prazo". A Moody's disse que a inação poderia rebaixar a nota do país de AAA para AA1.
Ontem, o Congresso teve seu primeiro dia de trabalho com os parlamentares eleitos em novembro. O republicano John Boehner foi reeleito presidente da Câmara.
FED
A ata de dezembro do Federal Reserve (banco central americano), divulgada ontem, mostra que membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) defendem interromper a compra de ativos antes do fim de 2013.