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Garota vítima do Taleban recebe alta na Inglaterra

Paquistanesa Malala, 15, levou tiro na cabeça por defender educação de meninas

Caso teve repercussão mundial e gerou onda de protestos relativos à violência contra as mulheres no Paquistão

AFP
Malala se despede de funcionárias do hospital britânico
Malala se despede de funcionárias do hospital britânico
BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

A adolescente paquistanesa de 15 anos que desafiou o Taleban venceu a primeira batalha pela própria vida.

Malala Yousafzai recebeu alta do hospital Queen Elizabeth de Birmingham, na região central do Reino Unido.

A estudante estava internada desde outubro, quando levou um tiro na cabeça após denunciar a repressão da milícia fundamentalista islâmica a meninas que tentam ir à escola no Paquistão.

O caso teve repercussão mundial e gerou uma onda de manifestações contra os abusos de mulheres no país.

A jovem foi atingida dentro de um ônibus escolar em Mingora, no noroeste de seu país. Foi atendida em estado grave e removida seis dias depois para o Reino Unido.

De acordo com o hospital britânico, ela teve alta anteontem para ficar em casa com a família, mas continuará a receber tratamento nos próximos meses. No fim de janeiro, deve ser submetida a uma cirurgia para a reconstrução de parte do crânio que foi destruída pelo disparo.

"Malala é uma jovem forte e se esforçou muito, junto com toda a equipe que tomou conta dela, para ter uma boa recuperação", disse o diretor dos hospitais universitários de Birmingham, Dave Rosser.

A jovem é ativista desde os 11 anos, quando inaugurou um blog anônimo no site da BBC em urdu para contar como viviam suas colegas após o Taleban baixar uma norma contra escolas para meninas.

Depois do atentado, o governo paquistanês deu um cargo diplomático ao pai dela, Ziauddin, para que a família conseguisse acompanhar o tratamento no exterior. O presidente Asif Ali Zardari visitou Malala em dezembro e prometeu que o país pagará todo o seu tratamento.

Na internet, uma campanha com mais de 277 mil assinaturas defende que a estudante seja indicada ao Prêmio Nobel da Paz. A causa tem recebido apoio de políticos de diversos países, como o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper.

O governo britânico também tenta capitalizar o episódio. Ontem, em meio ao noticiário sobre a alta da jovem, o ministro de Relações Exteriores, William Hague, escreveu no Twitter que todos devem apoiar o futuro Paquistão com o qual ela sonha.


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