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Estrangeiros do Globo de Ouro debatem filme digital

Diretores que disputavam prêmio se reuniram na véspera da cerimônia

Austríaco Michael Haneke, de "Amor", que era o favorito, disse que substituto da película "só causou problemas"

FERNANDA EZABELLA DE LOS ANGELES

Desafios nos sets de filmagem, desde o relacionamento com atores até o uso da câmera digital, foram tema anteontem, em Los Angeles, de uma conversa aberta ao público entre diretores indicados ao Globo de Ouro de filme estrangeiro, que seria entregue na noite de ontem.

Por coincidência, os três cineastas que compareceram também estão indicados ao Oscar na categoria.

O austríaco Michael Haneke, de "Amor", contou que foi convencido pelo diretor de fotografia da produção a filmar em digital, o que só "causou problemas". Ainda assim, o longa sobre um casal octogenário, que estreia nesta sexta no Brasil, recebeu cinco indicações ao Oscar.

"Sempre fui um grande fã de [película] 35 mm. Mas, é claro, o digital é o futuro e não podemos fazer nada a respeito", disse Haneke na Cinemateca Americana, numa sala onde aconteceu a primeira estreia de Hollywood.

Ele era um dos favoritos para sair com um globo dourado da cerimônia que começaria às 23h de ontem, após o fechamento desta edição, e que teria "Lincoln", "Argo" e "A Hora Mais Escura" também na linha de frente.

Na véspera da premiação, Haneke tinha a seu lado o dinamarquês Nikolaj Arcel, de "O Amante da Rainha", e a dupla norueguesa Joachim Ronning e Espen Sandberg, de "Expedição Kon Tiki".

Os noruegueses também filmaram em digital, já que o filme tinha orçamento muito mirrado, mas seu roteiro pedia muitos efeitos especiais. O título conta a aventura do famoso explorador Thor Heyerdal, que atravessou o Pacífico numa balsa de madeira nos anos 1940.

"A maior parte do tempo eram os atores numa balsa olhando para um estacionamento", lembrou Ronning, que também captou durante um mês imagens em alto-mar. "A balsa era como um palco. E fizemos um filme no computador, em animação, para mostrar ao elenco o que iria acontecer."

DUREZA COM ATORES

Arcel, roteirista de "Os Homens Que Não Amavam As Mulheres" (2009), afirmou que sempre teve receio de lidar com atores, mas aprendeu ao ver o compatriota Lars Von Trier dirigindo Nicole Kidman em "Dogville" (2003).

"Ele ia fazer uma cena e disse: 'Nicole, lembre de não atuar exageradamente'. Isso me libertou", lembrou. "Se ele podia dizer aquilo para Nicole, eu poderia fazer o mesmo com outro ator."


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