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Cristina bolada

Presidente da Argentina usa Twitter freneticamente para rebater críticas e alvejar mídia

SYLVIA COLOMBO DE BUENOS AIRES

"Sorry. Não estava banhada em ouro. Então eu a comi." Assim respondeu Cristina Kirchner, por Twitter, ao comentário da oposição sobre o fato de a presidente ter ganho de presente o que parecia ser uma cereja de ouro, durante sua viagem aos Emirados Árabes Unidos.

Foi também pela rede social que Cristina divulgou carta de resposta à entrevista em que o ator Ricardo Darín ("Conto Chinês") cobrava explicações pelo enriquecimento súbito da família Kirchner.

Na última semana, Cristina emitiu nada menos que 28 tuítes. Alguns sarcásticos, outros agressivos, apontavam principalmente contra o grupo midiático Clarín (contra o qual tem disputa na Justiça), os ruralistas e a oposição.

Houve também os de comemoração do retorno da fragata Libertad, que foi apreendida em Gana por ordem de fundos especulativos, os dedicados ao marido morto em 2010, Néstor, e os que contaram passo a passo sua viagem a Cuba, onde encontrou os irmãos Castro, e à Ásia.

O que motivou a explosão de expressividade nos últimos 15 dias é a pergunta que mais se fazem jornais, TVs e comentaristas políticos.

A principal razão tem a ver com o gerenciamento de sua conta. Desde 2010, Cristina contratava os serviços de uma empresa de comunicação para gerar os tuítes.

Mês passado, porém, a presidente irritou-se com a empresa por ter feito propaganda com seu nome, dispensou o serviço e passou a escrever na conta @CFKArgentina (1,5 milhão de seguidores).

Durante sua estada nos Emirados Árabes Unidos, a presidente deixou evidente essa irritação. Os jornais oposicionistas criticaram a viagem, realizada em avião inglês alugado a US$ 880 mil. O "La Nación" fez reportagem falando do mau estado das aeronaves nacionais.

Cristina respondeu acusando o jornal de não estar em dia com seus impostos.

Já o "Clarín" fez uma reportagem sobre os preços das diárias do exclusivo Emirates Palace, um dos hotéis mais caros do mundo, onde Cristina se hospedou.

"Outra vez com os hotéis onde nos alojamos quando viajamos em representação da República Argentina! Uma mentira mais do Clarín e continuam...".

Ontem, foi a vez de o oposicionista prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri, virar alvo da metralhadora.

Cristina criticou-o por tirar de circulação vagões antigos do metrô, chamou a atenção para as filas e as tarifas. O prefeito respondeu: "Recebemos o metrô em mau estado [do governo federal] e esse caminho será complexo".


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