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Ataque na Argélia deixa mais 18 mortos

Ação militar terminou com sequestro cujo saldo foi a morte de 23 reféns e 32 militantes, diz balanço provisório

Na quarta, islamitas tinham invadido campo de gás como represália à intervenção dos franceses no Mali

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ataque final do Exército da Argélia a um complexo de exploração de gás no sudeste do país resultou na morte de sete reféns que haviam sido capturados por militantes islamistas.

Em seguida, as forças de segurança executaram os 11 sequestradores, de acordo com as informações da agência estatal de notícias do país.

"Agora acabou, o sequestro está acabado. Os militares já estão dentro do complexo fazendo a limpeza das minas", disse à agência Reuters uma fonte não identificada ligada à operação.

Um total de 23 reféns e 32 sequestradores foram mortos durante os quatro dias de ocupação, de acordo com balanço oficial provisório. As forças argelinas liberaram 685 empregados argelinos e 107 estrangeiros, informou o balanço do Ministério do Interior.

No começo do dia de ontem, as forças especiais do Exército da Argélia encontraram 15 corpos carbonizados dentro do complexo de gás. Não está claro como os corpos foram queimados, mas os esforços para tentar identificar os cadáveres estão sendo adotados, informou o governo.

Na quarta, os militantes da brigada "Signatários por Sangue", que se dizem ligados à Al Qaeda, fizeram no local reféns de várias nacionalidades. Os sequestradores amarraram explosivos em reféns.

A tomada do campo de exploração de gás, segundo o grupo de militantes, foi uma retaliação à intervenção francesa no Mali.

ESTRANGEIROS

Um argelino que havia escapado do complexo de gás durante uma operação de resgate do Exército disse que os sequestradores eram estrangeiros e que portavam fuzis AK-47 e lança-granadas.

"Pelos sotaques, suponho que um deles seja egípcio, um tunisiano, um argelino e um falava inglês ou outra língua estrangeira", disse Iba El Haza, que trabalhava como motorista no complexo, administrado por uma joint venture entre a Sonatrach (a estatal de petróleo da Argélia), a norueguesa Statoil e a BP.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, disse ontem que a maioria dos britânicos feitos reféns na Argélia está a salvo. Cinco, no entanto, ainda têm paradeiro desconhecido. Hague disse que, apesar do número reduzido, é preciso "se preparar para o pior".

REAÇÃO

A intervenção do Exército argelino provocou críticas de países como o Reino Unido e o Japão. Tóquio convocou anteontem o embaixador argelino para pedir explicações.

Já o presidente francês, François Hollande, apoiou a operação. "A Argélia deu a resposta mais adequada porque não era possível negociar", disse o presidente francês ontem.


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