Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Posse nos EUA

Cerimônia é marcada por temperatura e plateia frias

Palmas não repetem emoção de 2009; Clinton e Hillary são os mais aplaudidos

Público foi um terço do de 4 anos atrás, mas suficiente para dobrar população da capital e lotar transporte público

DE WASHINGTON

A manhã de segunda-feira que começou com sol e logo se tornou nublada em Washington parece ter se casado perfeitamente com o ânimo do público para a segunda posse de Barack Obama.

Se o clima ontem -4ºC, com sensação térmica de 2ºC- foi mais ameno que o de 2009, quando o presidente desfilou sob temperaturas negativas, a plateia que acompanhou o discurso de Obama na escadaria do Capitólio e pelo National Mall (o conjunto de monumentos nacionais) estava muito mais fria.

Houve palmas, sobretudo quando Obama defendeu os direitos dos gays, das mulheres e dos imigrantes e quando cutucou a oposição sobre a necessidade de manter uma rede de amparo para que todos tenham a oportunidade de prosperar, como pede o sonho americano.

Mas foram rápidas, sem gritos nem a emoção aparente de 2009. As filhas do presidente, Malia e Sasha, a primeira-dama, Michelle, e o vice-presidente, Joe Biden, foram aplaudidos de pé.

Ninguém recebeu tantos aplausos, porém, quanto o ex-presidente Bill Clinton e sua mulher, a secretária de Estado, Hillary Clinton (além de Clinton, o único ex-presidente presente era Jimmy Carter, já que George Bush pai e filho evitaram a cerimônia).

Os eleitores republicanos também pareciam ter deixado a cidade. Nas cercanias do Capitólio, um manifestante solitário gritava críticas às políticas do presidente democrata e acabou detido pela polícia ao fim da cerimônia.

A plateia refletia a coalizão que elegeu Obama: maioria de mulheres e negros, jovens e latinos frequentes (a bênção foi feita pelo reverendo Luis Leon, de origem cubana, que a encerrou em espanhol.)

Até a conclusão desta edição, a estimativa oficial de participantes não havia sido divulgada, mas as projeções ficavam em 600 mil pessoas.

É apenas um terço dos que compareceram ao National Mall e ao desfile da posse em 2009, mas multidão suficiente para dobrar a população da capital, dificultar a circulação pela cidade e lotar o sistema de transporte público.

Desta vez, atrações pop foram chamadas a entreter o público. A cantora Beyoncé interpretou o Hino Nacional; Kelly Clarkson, egressa do reality show "American Idol", cantou "My Country, 'Tis of Thee", e o veterano James Taylor deu voz à folclórica "America the Beautiful".

Na plateia, artistas que apoiaram Obama na campanha, como a cantora Katy Perry e o músico Stevie Wonder.

No início da manhã, com o céu ainda escuro por volta das 7h, circulavam pelas ruas apenas grandes blocos de pessoas que se dirigiam à cerimônia da posse. Onde não havia estação de metrô, as calçadas ficavam desertas.

Ao longo da tarde, durante o desfile, o funcionamento do metrô foi interrompido diversas vezes, transformando jornadas de 20 minutos em périplos de duas horas.

Após o desfile da tarde, a noite seria reservada aos bailes. Mas, enquanto os eventos oficiais com a participação do casal presidencial - só dois, comparados aos dez de 2009- tiveram os ingressos esgotados em poucas horas, as festas paralelas ofereciam, até a última hora, promoções para liquidar lotes de ingressos encalhados.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página