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Sucessor de Hillary vende suas ações da Petrobras

Provável novo chefe da diplomacia investiu até US$ 350 mil na empresa

Patrimônio estaria 46% menor se democrata não tivesse vendido quase todas as ações da companhia em 2011

ÁLVARO FAGUNDES EDITOR-ADJUNTO DE “MERCADO” ISABEL FLECK DE SÃO PAULO

O democrata John Kerry, apontado por Barack Obama para ser secretário de Estado em seu segundo mandato, vendeu quase todas as suas ações da Petrobras em 2011, ano em que os papéis da empresa mais caíram em dez anos -com exceção de 2008, quando estourou a crise.

Segundo a declaração do senador -divulgada pelo site "Opensecrets.org"-, ele tinha entre US$ 150 mil e US$ 350 mil em ações da Petrobras em 2010. O valor caiu para, no máximo, US$ 2.000 em 2011.

O documento não dá o valor exato da participação do provável sucessor de Hillary Clinton na empresa brasileira -nem é possível saber há investimentos em 2012-, mas, se Kerry tivesse os papéis até ontem, seu patrimônio estaria hoje 46% menor. Em valores absolutos, a perda poderia chegar a US$ 161 mil.

A conta leva em consideração o valor médio dos papéis da estatal na Bolsa de Nova York no período em que foram vendidos por Kerry (entre 9 de fevereiro e 11 de agosto de 2011). Ou seja, em vez de um patrimônio avaliado entre US$ 150 mil e US$ 350 mil, Kerry teria papéis valendo entre US$ 81 mil e US$ 189 mil hoje.

Em 2011, os papéis da Petrobras em Nova York recuaram 34,3%, só perdendo para a queda de 57,5% em 2008 -ano em que Kerry comprou os primeiros papéis da companhia, em valores que chegariam a US$ 1 milhão.

Uma fonte próxima a Kerry sugeriu que o democrata -que tem o terceiro maior patrimônio do Congresso- não tem controle sobre todos os seus investimentos, já que muitos seriam ligados à sua mulher, Teresa, herdeira da gigante alimentícia Heinz.

Procurada pela Folha, a assessoria do senador não quis comentar os dados antes da sua confirmação ao novo posto. O democrata será sabatinado amanhã no Comitê de Relações Exteriores do Senado. Depois, ele precisará ter o nome aprovado no Senado.

Os investimentos estrangeiros de Kerry podem ser obstáculo à sua aprovação, já que há o temor de um "conflito de interesses" para um futuro secretário de Estado.

"Seu patrimônio é tão grande que vamos ver uma série de conflitos emergindo em vários temas", disse Craig Holman, do grupo Public Citizen, ao "Boston Globe".


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