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Síria acusa Israel de atacar seu território

Segundo Exército sírio, aviões israelenses teriam bombardeado 'centro de pesquisa militar' próximo a Damasco

Governo israelense não se manifesta; fontes ocidentais relatam ataque a comboio na fronteira com o Líbano

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Síria acusou ontem Israel de atacar com aviões uma instalação militar próxima a Damasco -o que seria a primeira ação direta de forças estrangeiras contra o país em 22 meses de conflito.

Em comunicado divulgado pela TV estatal, o Comando-geral do Exército sírio e as Forças Armadas disseram que o espaço aéreo do país fora violado na madrugada de ontem por caças israelenses, que bombardearam um "centro de pesquisa militar" na área de Jamraya, a 15 km da capital.

Segundo a oposição síria, o local é conhecido por ser um centro de desenvolvimento de armas, que produziria armamento químico.

"Isso prova que Israel é o instigador, beneficiário e, às vezes, executor de atos terroristas contra a Síria e seu povo", diz o comunicado.

Segundo o Exército sírio, os aviões passaram ao norte do Monte Hermon, nas Colinas de Golã, e, voando a uma baixa altitude -abaixo do alcance dos radares-, atingiram a região ao redor da capital.

A ação teria destruído o prédio principal e um anexo, além de matar dois funcionários e ferir outros cinco, segundo a agência estatal Sana.

O regime diz que o local era responsável por "aumentar o nível de resistência e autodefesa" das Forças Armadas.

Na nota, o Exército sírio disse que os "atos criminosos não vão enfraquecer" o regime, mas não fez nenhuma ameaça de retaliar.

ATAQUE NA FRONTEIRA

Horas antes da declaração síria, jornais israelenses, citando "fontes ocidentais", anunciavam um ataque israelense em território sírio, mas na região da fronteira com o Líbano.

O alvo teria sido um comboio de caminhões que supostamente transportava armamentos -inclusive mísseis antiaéreos russos SA-17- para o grupo libanês Hizbollah durante a madrugada de ontem. Um alto oficial americano confirmou o ataque à Associated Press.

O regime sírio, no entanto, disse que a notícia de uma ação de Israel na fronteira é "infundada". Fontes do governo libanês também negaram o ataque à agência Efe.

Até a conclusão desta edição, o governo israelense não havia se pronunciado sobre nenhuma das supostas ações militares.

O Exército libanês, contudo, confirmou, em comunicado, que Israel havia intensificado seus voos sobre várias regiões do sul do Líbano na noite de anteontem e na madrugada.

Israel teme que a Síria passe parte de seu armamento químico e dos mísseis antiaéreos ao grupo xiita libanês Hizbollah.

Segundo a Reuters, Israel enviou ontem seu assessor de segurança nacional, Yaakov Amidror, à Rússia, e seu chefe de inteligência militar, Aviv Kochavi, aos Estados Unidos, para consultas.

Ontem, o presidente do oposicionista Conselho Nacional Sírio, Moaz al Khatib, disse estar preparado para negociar com o regime Assad.


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