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Síria ameaça retaliar Israel com ataque

Aliados sírios condenam bombardeio israelense, não confirmado pela ONU; Irã diz que ele terá 'graves consequências'

Pelo 2º dia, Israel não se pronuncia sobre o caso; vice-presidente dos EUA participará de reunião sobre a Síria

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Síria ameaçou retaliar Israel com "ataque surpresa" um dia após acusar o governo israelense de bombardear uma instalação de pesquisa militar na cidade de Jamraya -a 15 km da capital síria, Damasco, e perto da fronteira com o Líbano. O bombardeio teria deixado dois mortos.

Pelo segundo dia, Israel não se pronunciou sobre a ação. Fontes diplomáticas e militares afirmam que, na verdade, o alvo dos israelenses eram caminhões que levavam mísseis para o grupo extremista libanês Hizbollah, versão que os sírios negam.

O embaixador da Síria no Líbano, Ali Abdul Karim Ali, afirmou que Damasco tem "a opção e a capacidade de fazer um ataque-surpresa" para responder à "agressão dos bombardeiros israelenses".

A Chancelaria da Síria convocou ontem o chefe das forças da ONU nas colinas do Golã, ocupadas por Israel, para fazer um protesto formal.

"Consideramos os israelenses e quem os protege no Conselho de Segurança [das Nações Unidas] responsáveis pelas consequências dessa agressão e reafirmamos o direito de defender nossa terra e nossa soberania", disse comunicado do governo Bashar Assad, lido na TV estatal.

Até ontem, as Nações Unidas não haviam conseguido comprovar a veracidade da acusação dos sírios, mas seu secretário-geral, Ban Ki-moon, expressou "preocupação" com o agravamento do conflito -estima-se que a guerra civil na Síria tenha matado mais de 60 mil desde 2011.

Aliados da ditadura de Assad também condenaram Israel ontem. "Se a informação se confirmar, trata-se de ataques não provocados a alvos no território de um país soberano, o que viola a Carta da ONU e é inaceitável, não importa o motivo", afirmou em nota a Chancelaria da Rússia.

O Irã acusou os israelenses de criar "instabilidade" na região e disse que o ataque terá "graves consequências". O Hizbollah manifestou solidariedade à Síria e falou em "agressão bárbara", sem fazer comentários sobre o suposto transporte de armas.

CONVERSA COM BIDEN

A Casa Branca anunciou ontem que o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, discutirá a situação da Síria amanhã com Lakhdar Brahimi, enviado da ONU à região, Serguei Lavrov, chanceler da Rússia, e Ahmed Moaz al Khatib, um dos líderes da oposição síria.

O encontro será em Munique (Alemanha), por onde Biden passará em um giro pela Europa que incluirá também a França e o Reino Unido.

Os americanos advertiram a Síria contra a transferência de armas para o Hizbollah. "Isso pode desestabilizar ainda mais a região", disse o conselheiro de segurança da Casa Branca, Ben Rhodes.

Rhodes afirmou ainda que a retórica iraniana mostra o quanto seus líderes se preocupam com a eventual queda de Assad -a Síria é o grande aliado do Irã na região.


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