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Chefe do governo espanhol nega 'mensalão'

Premiê Mariano Rajoy diz nunca ter recebido dinheiro ilegal e promete divulgar suas declarações de Imposto de Renda

Primeiro-ministro dá 1ª entrevista sobre o caso desde que jornal acusou seu partido de manter contabilidade paralela

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em sua primeira entrevista desde que eclodiu o escândalo do "mensalão espanhol", o primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, afirmou que nunca recebeu dinheiro ilegal e prometeu divulgar as suas declarações de Imposto de Renda na internet.

"Nunca recebi nem distribuí dinheiro ilegal, isso é mentira", disse Rajoy ontem, após reunião extraordinária convocada pela Executiva de sua sigla, o Partido Popular. O premiê prometeu ainda empenho total do governo para que o caso seja investigado.

Na quinta, o jornal espanhol "El País" publicou reportagem sobre "documentos secretos" do PP que, segundo o diário, eram mantidos por Luis Bárcenas, tesoureiro da sigla de 1990 a 2009.

Os cadernos manuscritos, fora da contabilidade oficial, indicam doações de empresários e pagamentos à cúpula do PP, incluindo Rajoy, então líder do partido.

Bárcenas, que renunciou ao cargo de tesoureiro em 2009, foi acusado recentemente de manter US$ 30 milhões em conta na Suíça.

Durante a entrevista, um pequeno grupo de manifestantes se reuniu do lado de fora do quartel-general do partido do governo, pedindo aos gritos que Rajoy renuncie. Mais de 500 mil pessoas já assinaram petição pela "demissão da cúpula do PP".

O premiê tem cortado gastos para reduzir o alto deficit do Orçamento, que ameaçava forçar o país a pedir um resgate internacional.

Sua popularidade despencou em 13 meses de governo, na medida em que as medidas de austeridade aprofundaram a recessão e o desemprego chegou a 26%.

Anteontem, o procurador-geral da Espanha, Eduardo Torres-Dulce, disse que já há indícios suficientes para mandar investigar o caso.

"Eu ganhava mais com a minha profissão, não vim [para o governo] para ganhar dinheiro", disse Rajoy. "Vamos dedicar toda a atenção a esse tema, mas não podemos nos distrair da crise."


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