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Bomba mata 53 no coração do regime sírio

Atentado ocorre perto do partido governista no centro de Damasco; embaixada da Rússia, aliada de Assad, é atingida

União Europeia estuda suspender as sanções econômicas nas áreas já controladas pela insurgência na Síria

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um carro-bomba matou 53 pessoas ao explodir, ontem, na região central de Damasco, capital da Síria. Outras 200 ficaram feridas no ataque, realizado em via movimentada próxima ao escritório do partido governista Baath e da embaixada russa.

Foram exibidas pela televisão síria imagens de corpos carbonizados e ensanguentados. O governo afirma que o atentado foi obra de "terroristas" interessados em derrubar o ditador Bashar Assad.

Esse tipo de ataque vinha sendo relativamente raro em Damasco, mesmo após dois anos da guerra civil que já deixou, nas estimativas da ONU, 70 mil mortos no país.

Insurgentes controlam hoje, no entanto, distritos ao sul e ao leste da capital síria e vêm recentemente alvejando a base de poder do ditador.

O grupo militante Jabhat al Nusra, supostamente ligado à rede Al Qaeda, assume a responsabilidade por diversos dos atentados feitos em Damasco. Eles dizem ter realizado 17 ataques ali durante a primeira metade de fevereiro, ao menos 7 deles com bombas.

Segundo ativistas sírios, a maior parte das vítimas de ontem era de civis, incluindo crianças. Há relatos de que havia uma escola próxima ao escritório do partido Baath.

Moradores narraram também ter ouvido três ou quatro projéteis cruzando o céu da cidade, seguidos de explosões. Um deles teria caído em um jardim público, no distrito de Abu Rummaneh.

De acordo com a entidade Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que tem sua sede em Londres, o carro-bomba que explodiu ontem foi detonado em um posto de controle próximo à construção do partido Baath, a 200 metros da embaixada russa.

A Rússia atraiu atenção negativa por, ao lado da China, vetar medidas no Conselho de Segurança da ONU a serem aplicadas contra a Síria.

Uma agência de notícias russa afirmou haver informações de que janelas foram estilhaçadas pela explosão, no prédio da embaixada. Funcionários não foram feridos.

Segundo o governador de Damasco, Bishr Sabban, havia entre 1 e 1,5 tonelada de explosivos no carro-bomba.

Na cidade de Deraa, onde a insurgência contra o ditador Assad começou, em março de 2011, aviões bombardearam o distrito antigo da cidade pela primeira vez em quase dois anos de conflito. Ativistas afirmam que 18 pessoas foram mortas no local.

Com a intensificação dos combates na Síria, houve aumento no fluxo de refugiados para a vizinha Jordânia. Há informações de que, apenas ontem, mais de 4.000 pessoas cruzaram essa fronteira.

SANÇÕES

Diplomatas da União Europeia afirmaram ontem às agências de notícias que o bloco estuda suspender as sanções comerciais contra a Síria nas regiões já controladas por rebeldes. Assim, poderia aumentar o fluxo de capital para a insurgência.

A estabilização dessas áreas também auxiliaria as missões humanitárias, em geral prejudicadas pelos impedimentos do regime de Assad, que barra também a atuação de repórteres no país.


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