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Dom João escapou da morte após ser confundido com ladrão pela polícia

FABIANO MAISONNAVE ENVIADO ESPECIAL A ROMA

Um dos cinco cardeais brasileiros que escolherão o futuro papa, d. João Braz de Aviz, 65, por pouco não perdeu a vida ao ser crivado de balas por policiais que o confundiram com um ladrão de banco.

O episódio aconteceu há cerca de 40 anos, no começo da década de 1970, conta Elvira Hacik, sua tia.

Padre Joãozinho, como era conhecido, dirigia seu jipe em direção a Ivaiporã (PR), 277 km a oeste de Curitiba, onde rezaria uma missa.

Ao se aproximar de uma ponte, passou a ser alvo de disparos de policiais que bloqueavam a estrada em busca de um ladrão de banco.

"O Joãozinho abriu a porta do carro e se jogou no chão depois de ser baleado e só não morreu porque um dos chumbos ficou numa caneta larga que ele tinha no bolso do peito", lembra Hacik, em conversa por telefone.

Sangrando, d. João tentou explicar que era padre, mas os policiais não acreditaram e o levaram para a delegacia, sem socorro médico.

"Naquele tempo, o Joãzinho tinha o cabelinho comprido", lembra a tia, para explicar a origem da confusão.

A verdadeira identidade do hoje cardeal só foi descoberta depois que parentes foram à delegacia. "Os policias ficaram desesperados e o levaram para um hospital de Ponta Grossa. Até hoje, ele tem 82 chumbos dentro do corpo."

Na última terça-feira, a Folha abordou d. João quando ele cruzava a praça São Pedro. O cardeal, porém, não quis falar sobre o episódio.

Nomeado cardeal em 2012, d. João é considerado inexperiente para ser papável. Mas é o único brasileiro na cúpula do Vaticano, à frente da importante Congregação para a Vida Sagrada e as Sociedades de Vida Apostólica -responsável pelo regime e pela disciplina de ordens e congregações religiosas.


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