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EUA têm menor desemprego em 50 meses

Dados divulgados pelo Departamento do Trabalho mostram taxa de 7,7%, com 236 mil empregos criados em fevereiro

Tendência para os próximos meses é de nova alta, no entanto, em razão dos cortes de despesas previstos

LUCIANA COELHO DE WASHINGTON

Os EUA registraram em fevereiro seu menor índice de desemprego em 50 meses, 7,7%, após a criação de 236 mil vagas e melhora na maioria dos setores e faixas populacionais, anunciou ontem o Departamento do Trabalho.

A expectativa, contudo, é que esse nível não se sustente durante o ajuste fiscal pelo qual o país passa. Na estimativa do Escritório do Orçamento do Congresso, instituição independente, cortes compulsórios de verba devem levar o índice de volta ao patamar de 8% até o fim do ano.

O maior impulso em fevereiro veio da construção civil, que abriu 48 mil postos e que desde setembro amplia gradualmente suas vagas -sinal de que a retomada econômica ganha fôlego, e a confiança para investir em casas e novas instalações aumenta.

Outros destaques positivos foram o setor de saúde, com 32 mil novas vagas, a indústria da informação, que criou 20 mil postos puxada pelos braços cinematográfico e fonográfico, e o varejo, onde foram criados 24 mil empregos.

Nos últimos 12 meses, o varejo soma 252 mil novos postos, refletindo o maior ânimo do consumidor para gastar.

Mas na indústria manufatureira houve pouco avanço, com apenas 16 mil postos.

Essa contenção pode ser explicada pela hesitação ante o "sequestro" -o confisco obrigatório de verbas federais após Congresso e Casa Branca falharem em desenhar um pacote fiscal, que foi detonado neste mês mas cuja sombra paira no horizonte econômico desde janeiro.

As medidas podem interromper uma tendência: em 12 meses, o total de pessoas desempregadas nos EUA encolheu 10%, e, entre janeiro e fevereiro, caiu de 12,3 milhões para 12 milhões. A jornada de trabalho e o salário médio também avançaram discretamente no último mês.

Já a quantidade de americanos que trabalham apenas meio período por falta de opção -cerca de 8 milhões- permaneceu inalterada, enquanto outros 885 mil desistiram de procurar emprego por não acreditarem que encontrarão.

O Departamento do Trabalho também revisou para cima o número de vagas criadas em dezembro (de 196 mil para 219 mil) mas corrigiu para baixo o de janeiro (de 157 mil para 119 mil), o que dá 15 mil vagas a menos do que se estimara nos dois meses.

Apesar da melhora paulatina do índice de desemprego, ele está acima do patamar médio de 5,5% em que oscilava antes da crise econômica de 2008.


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