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Papa e líder ortodoxo têm reunião histórica

Francisco recebe no Vaticano patriarca de Constantinopla, Bartolomeu 1º

Encontro ocorre um dia depois de ortodoxo ter comparecido à missa de posse do papa; igrejas se separaram em 1054

BERNARDO MELLO FRANCO ENVIADO ESPECIAL A ROMA

Em mais um gesto de reaproximação com a Igreja Ortodoxa, o papa Francisco recebeu ontem no Vaticano o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu 1º, principal líder da religião.

Os dois se encontraram um dia depois de o turco assistir à missa inaugural do pontífice, algo que nunca tinha acontecido desde o cisma que dividiu as igrejas Católica e Ortodoxa, em 1054.

Eles começaram a negociar uma visita conjunta a Jerusalém, em 2014, para marcar os 50 anos do encontro histórico do papa Paulo 6º com o patriarca Atenágoras.

Após a reunião, Francisco promoveu um ato ecumênico com a presença de Bartolomeu 1º e de representantes de outras religiões, incluindo judeus e muçulmanos.

Em discurso transmitido na TV, ele defendeu o respeito entre as crenças, prometeu se dedicar à busca da paz entre os povos e estendeu a mão aos agnósticos.

"A Igreja Católica está consciente da importância de promover a amizade e o respeito entre homens e mulheres de diversas tradições religiosas", afirmou.

"Podemos fazer muito em benefício dos mais pobres e dos que mais sofrem, promovendo a justiça, a reconciliação e a paz."

O papa disse que as pessoas sem religião também podem ser parceiras da igreja em objetivos comuns, como a busca pela paz e a proteção do meio ambiente.

"Nós nos sentimos próximos dos homens e mulheres que, embora não se reconheçam em nenhuma tradição religiosa, sentem-se na busca da verdade, da bondade e da beleza", afirmou.

Ontem a Santa Sé divulgou carta em que o governo do Iraque convida Francisco a visitar o país e afirma desejar que o diálogo entre religiões e povos seja o "tema central" do seu pontificado.

PÉREZ ESQUIVEL

Hoje o papa deve receber o escritor argentino Adolfo Pérez Esquivel, que saiu em sua defesa na semana passada após as acusações de que ele teria colaborado com a ditadura militar em seu país.

Esquivel, Nobel da Paz por sua atuação durante a ditadura, disse que o então padre Jorge Mario Bergoglio não ajudou a repressão, mas não teve a coragem de outros religiosos para denunciá-la.


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