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Obama critica 'injustiça' contra palestinos

A estudantes israelenses em Jerusalém, americano diz que 'nem ocupação e nem expulsão' são respostas a conflito

Presidente, no entanto, não propôs um plano objetivo para o processo de paz; Kerry deverá discutir tema após visita

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Barack Obama, presidente dos EUA, fez ontem seu esperado discurso a estudantes de universidades israelenses, em Jerusalém, pedindo que as centenas de jovens na plateia se pusessem no lugar de seus vizinhos palestinos e olhassem com os seus olhos.

"Não é justo que uma criança palestina não possa crescer em um Estado seu e viva com a presença de um Exército estrangeiro que controla o movimento de seus pais, todos os dias", disse.

O presidente afirmou também que os "assentamentos [israelenses] são contraprodutivos à causa da paz" e que "nem a ocupação nem a expulsão são a resposta".

Obama intercalou as críticas à situação dos territórios palestinos, porém, com afagos aos israelenses, como quem procurava sanar a má impressão deixada por seu já famoso "discurso do Cairo", feito em 2009 enquanto estendia a mão aos países islâmicos -sem visitar Israel durante todo o seu primeiro mandato.

A mensagem sobre a necessidade de um acordo de paz foi intercalada pelo louvor ao projeto sionista, além da garantia de que os EUA "irão fazer o que for preciso" para impedir que o Irã tenha arsenal nuclear.

"Aqueles que aderem à ideologia de rejeitar o direito de Israel existir podem também rejeitar a terra sob eles e o céu acima", disse Obama.

Hoje, o presidente dos Estados Unidos visitará a Igreja da Natividade, em Belém, antes de partir rumo à Jordânia, onde irá encontrar o rei Abdullah 2º e visitar as ruínas de Petra.

CISJORDÂNIA

O discurso de Jerusalém foi programada para ser o ponto alto de sua visita ao país, conforme indicava desde o início a programação oficial do giro pela região.

A fala de Obama, porém, decepcionou quem esperava que ele propusesse um plano objetivo para a paz.

Ao que tudo indica, as negociações vão ser encaminhadas por John Kerry, secretário de Estado, após Obama ter deixado o país.

Antes de falar aos estudantes, ontem, o presidente americano visitou Ramallah, na Cisjordânia, onde se reuniu com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, cuja gestão elogiou em público.

Horas antes, foguetes haviam caído em Sderot, sul de Israel, lançados a partir de Gaza. Os disparos foram vistos como uma provocação à visita de Obama.

O presidente afirmou, ontem, acreditar que a paz "ainda é possível, mas é muito difícil". "Se conseguirmos fazer as negociações diretas recomeçarem, acredito que o formato de um acordo em potencial está aqui."


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