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Presidente é interrompido por protesto e aplausos

DE JERUSALÉM

A plateia israelense há tempos reclamava a visita que Obama não fez durante seu primeiro mandato, e dessa maneira recebeu bem o presidente dos Estados Unidos ontem, interrompendo-o tanto que ele não chegava ao final de suas frases sem ter de aumentar seu tom de voz.

Os estudantes universitários que, sorteados ou escolhidos por suas instituições de ensino, estiveram ali pareciam não conseguir conter as mãos sem usá-las para aplaudir ininterruptamente.

A entrada ao salão do discurso foi tumultuada -quatro horas antes, uma multidão já se apinhava diante do centro de convenções onde Obama conversou com os jovens, em local próximo ao terminal central de ônibus.

A segurança conjunta entre Israel e EUA, ambas famosas pela inspeção minuciosa e atenta, fazia as filas empacarem embaixo do sol.

A Folha participou do evento de ontem, como um dos veículos autorizados a assistir ao discurso no local.

Obama não foi interrompido apenas pelos aplausos, porém. Um espectador pôs se a gritar em determinado momento, tendo de ser retirado do local. Não estava claro, ontem, quem ele era e qual era a sua demanda.

Rindo, Obama interrompeu as vaias do público -"isso é parte do debate [democrático] de que nós falávamos". A plateia ficou de pé e o aplaudiu longamente.

"Foi impressionante", diz à Folha Michael Calev, 25, estudante de contabilidade na Universidade de Tel Aviv. "Representou meu ponto de vista, de que nosso futuro depende da paz", afirma.

A estudante Vicky Milomsky, que cursa engenharia industrial, também referiu-se ao discurso de Obama como "impressionante". Mas notou que discorda de alguns dos pontos de Obama.

Por exemplo, "antes de falarmos sobre dois Estados para duas nações, eles têm de reconhecer nosso direito de existir e nós o deles".

Um grupo de garotas ouvidas pela Folha se dizia desapontada -não com o discurso em si, mas com o fato de o presidente americano não ter mencionado os árabes que vivem em Israel e, dessa forma, também são uma parte do conflito na região.

"Não sei se ele não sabe que existimos", afirma Randa Sharkia, 21, que estuda inglês em Jerusalém. "Não sou judia, mas moro aqui e quero ter os meus direitos." (DB)


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