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New York Times

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Lente

Trivial? Inculta? Essa ideia pode se propagar

Na era do Twitter e do Instagram, uma imagem ou ideia pode se propagar pelo mundo e rapidamente atrair milhões de acessos e curtidas. Às vezes, essa fama instantânea também pode se espraiar para fora da internet.

Foi o que aconteceu com Hanksy, um artista de Nova York que teve a ideia de fundir grafites do famoso artista de rua britânico Banksy com o rosto do simpático ator americano Tom Hanks.

Ele colou uma dessas imagens em um muro na região sul de Manhattan em 2011 e enviou uma foto para um site especializado em arte de rua.

O meme gerado na internet já produziu três exposições individuais nas quais o artista vendeu obras por até US$ 4.000 (R$ 8.960), relatou recentemente o Times. Até Hanksy, que tem 30 anos e abandonou a faculdade de direito, admitiu que a ideia tinha um "humor trivial, tolo e primário".

"Eu fui criado para a internet", disse ele ao "The New York Times". "Obviamente, os EUA adoram Tom Hanks e Banksy. Seria mentira dizer que eu não sabia o que estava fazendo ao colocar os dois na rua. Eu sabia que se isso acabasse vazando para algum lugar ou se eu o enviasse para um site a coisa chamaria a atenção e faria sucesso."

Uma tática usada por Hanksy para manter o interesse em sua arte é esconder sua verdadeira identidade da imprensa. A revista "New York", no entanto, publicou seu suposto nome: Adam Himebauch.

"Há um pouco mais de fascínio ou empolgação quando esse véu do anonimato está no ar", disse ele. "Quero continuar anônimo e me divertir com isso." No entanto, a fama na internet pode ser fugaz.

Embora alguns artistas e escritores tenham conseguido capitalizar o sucesso na internet com negócios lucrativos, o homem por trás de uma conta humorística no Twitter chamada @GSElevator recentemente ganhou e logo perdeu um contrato de mais de US$ 100 mil (R$ 224 mil) para um livro, noticiou o "NYT".

Com mais de 650 mil seguidores, a conta publica conversas supostamente ouvidas por acaso nos elevadores do banco de investimento Goldman Sachs. Veja alguns tuítes:

"Eu só quero ficar rico o suficiente para não ser motivado pelo dinheiro."

"A loteria é apenas um meio de arrancar dinheiro dos pobres que são ruins em matemática."

"Está na hora de as crianças aprenderem uma lição de vida importante. Papai Noel ama mais as crianças ricas."

"Minha lata de lixo se alimenta melhor do que 98% do mundo."

Mas depois que a identidade do autor foi revelada, em fevereiro -John LeFevre nunca trabalhou oficialmente no Goldman Sachs-, sua editora cancelou o livro cujo título proposto seria "Straight to Hell: True Tales of Deviance and Excess in the World of Investment Banking" [Direto para o Inferno: Histórias Verdadeiras de Desvios e Excessos no Mundo dos Bancos de Investimento].

LeFevre disse que a finalidade do livro era fazer "comentários sobre Wall Street", e não ser uma obra de não ficção.

"Para dirimir qualquer dúvida, só idiotas poderiam achar que meus posts no Twitter eram literalmente sobre conversas literais ouvidas por acaso nos elevadores do Goldman Sachs", escreveu ele no site Business Insider.

Apesar de a publicação do livro ter sido cancelada, a conta de LeFevre continua ativa. Para outros memes, a meta é entretenimento, não comentários de cunho social. A mostra "Internet Cat Video Festival" [Festival de Vídeos com Gatos na Internet] circulou pelo país e veio para Nova York no fim de 2013. Todos os ingressos para a estreia esgotaram.

A premissa é tão simples quanto o nome indica: um apanhado de vídeos sobre gatos, de 80 minutos. Mais de 10 mil pessoas assistiram a uma das projeções.

O curador do Centro de Arte Walker em Minneapolis, Scott Stulen, que dirige o festival, explicou o apelo universal: "Vídeos com gatos transcendem barreiras idiomáticas e culturais".

EMMA G. FITZSIMMONS

Envie comentários para nytweekly@nytimes.com


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