Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

New York Times

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Lente

Tarefas tediosas deixarão de existir

A pecuária leiteira pode atrair mais interesse de uma geração "avessa ao estrume", agora que a ordenha está automatizada.

Convocado para prever um um futuro não tão distante, Ev Williams, cofundador do Twitter e da Medium, uma plataforma de publicação na web, apresentou uma visão abrangente.

"Telefones e computadores", disse ele, "farão qualquer coisa tediosa que não exija inteligência. A marcha da tecnologia é a marcha incessante da conveniência".

Da parte dos rebanhos de leite, não há o que discutir. A robótica chegou ao curral, e a vida nunca foi tão mansa para as vacas.

Como as mãos humanas andam caras e escassas, os fazendeiros americanos estão adotando tecnologias que não exigem mão nenhuma. Hoje em dia, noticiou o "The New York Times" recentemente, "as vacas estão ordenhando a si mesmas".

É um fato previsivelmente moderno, que está "alterando antigos padrões do cotidiano rural e revigorando a sedução da agricultura para uma geração mais jovem e afeita à tecnologia -e avessa ao estrume".

"Estamos acostumados a computadores, e [a nova prática] está mais alinhada com isso", disse Mike Borden, pecuarista leiteiro de sétima geração, ao "Times". "E é bem mais divertido do que fazer trabalho manual."

Foi libertador também para as vacas, que já não ficam atadas às rotinas rurais do começo da manhã e final da tarde. Agora, elas fazem fila para a ordenha automática, cinco ou seis vezes por dia, conforme suas próprias necessidades. Scanners a laser e computadores monitoram todas as informações vitais.

O que poderia vir em seguida? Parece ser apenas questão de imaginar. Por isso, o "Times" pediu a alguns empreendedores e investidores, como Williams, que apresentem ideias. Eis algumas das perguntas e respostas:

Qual tecnologia distante se tornará comum em uma década?

Reid Hoffman, capitalista de risco: "A medicina personalizada. Imagine um medicamento único, que é impresso para você e para o seu problema de saúde com base no seu sequenciamento genético individual".

Qual será o próximo setor eliminado pela tecnologia?

Sebastian Thrun, diretor da Udacity: "Pilotos de avião".

Qual tecnologia parecerá antiquada em uma década?

Marc Andreessen, capitalista de risco: "Os smartphones. Em vez disso, as pessoas vão vestir computadores, andar até qualquer parede e ter acesso a todos os seus dados em nuvem".

Futurista demais? Espere aí. Só melhora. Grandes cabeças podem ter dado um salto que pareceria inconcebível mesmo nesta era de aviões sem pilotos, remédios personalizados e vacas que se ordenham sozinhas: em breve poderemos ter celulares capazes de, veja só, fazer telefonemas.

Molly Wood escreveu recentemente no "Times" sobre o longo e infrutífero esforço para corrigir problemas de áudio que transformam conversas telefônicas em "feias gritarias digitais".

A mais recente solução se chama voz HD, uma tecnologia que mistura as melhorias da compressão digital, das frequências de áudio e dos próprios celulares.

Algumas operadoras já começaram introduzi-lo, mas esse avanço pode enfrentar o mesmo problema que os aquecedores de mãos para os currais de ordenha.

"Não tenho certeza que ela chegue antes que a maioria de nós se mude para o Skype ou o Google Voice, ou então desista completamente de telefonar", disse Wood.

ALAN MATTINGLY

Envie comentários para nytweekly@nytimes.com


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página