Folha de S.Paulo

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Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou contrato com o "New York Times" para escrever uma coluna mensal sobre política, economia internacional e combate à fome e à miséria no mundo. Ela não deve ser publicada em veículos brasileiros, conforme exigência do próprio Lula. Por que será? Será que suas ideias para o resto do mundo serão muito diferentes das apresentadas em palanques e comícios durante as campanhas e dois mandatos na Presidência?
Silvano Corrêa (São Paulo, SP)

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São fartas e corriqueiras as notícias envolvendo a atuação do ex-presidente Lula capitaneando negociações para empreiteiras. Países africanos e da América Latina têm sido a cereja do bolo.
Na segunda-feira, a Folha noticiou contrato sob suspeita envolvendo a OAS, Lula e o governo da Costa Rica ("Contrato feito após ida de Lula à Costa Rica é investigado", "Poder"). Enquanto Dilma cuida da liturgia do cargo, o ex-presidente gerencia esse extraordinário balcão de negócios chamado Brasil.
Carlos Alberto Bellozi (Belo Horizonte, MG)

Casamento gay
Após a aprovação da união entre pessoas do mesmo sexo pelo Parlamento francês, a ministra da Justiça, Christiane Taubira, resumiu de forma magistral a lógica que envolve o tema: "Não tiramos nada de ninguém e demos um direito às pessoas que não tinham". Já é tempo de nosso Congresso se dar conta dessa lógica simples e nos colocar no rol dos países que não negam direitos ao cidadão em razão de sua escolha sexual.
Jefferson C. Vieira (São Paulo, SP)

PSDB
Sobre a reportagem "Disputa no PSDB ameaça ala de Alckmin" ("Poder", ontem), é preciso esclarecer que a eleição direta para presidente do Diretório Estadual não foi uma manobra articulada para facilitar a reeleição. Foi uma bandeira erguida quando assumi a presidência do partido, colocada em discussão e posterior votação no congresso do PSDB e aprovada por unanimidade. Aqueles que hoje se colocam contrários à eleição direta tiveram todos os canais para debater o tema e, inclusive, votar.
É incompreensível a posição contrária à ampliação da democracia interna, dando aos convencionais a possibilidade de escolher aquele que conduzirá o partido por dois anos.
Pedro Tobias, deputado estadual e presidente do Diretório Estadual do PSDB-SP (São Paulo, SP)

Massacre do Carandiru
Não consigo entender por que a Justiça leva em conta a "cadeia de comando" no caso de José Dirceu e o mensalão, mas ignora essa mesma "cadeia de comando" no caso do ex-governador Fleury e o massacre do Carandiru. Difícil acreditar que ele não sabia.
Fabiana Tambellini (São Paulo, SP)

Violência
Antes de responsabilizar o governo tucano pela criminalidade de adolescentes em São Paulo ("Poder", Painel, ontem), o petista Enio Tatto deveria fazer uma reflexão sobre os péssimos exemplos que o governo federal vem oferecendo aos jovens, provando que, no Brasil, o crime compensa.
Sueli Maria Fonseca Richers (São Paulo, SP)

Código Penal
A reportagem "Justiça anula punição a réus do escândalo do Banestado" ("Poder", ontem) chega em boa hora, no momento em que o Congresso analisa o projeto de lei do novo Código Penal.
É preciso que se acabe de uma vez com essa coisa esdrúxula chamada "prescrição retroativa" que, tal como a jabuticaba, só existe no Brasil. Além de parceira da impunidade, essa modalidade de prescrição é motivo de júbilo para criminosos em geral e advogados que costumam aproveitar as brechas e a morosidade do sistema como tese defensiva.
Anderson Osório Resende, promotor de Justiça (Tomazina, PR)

Restaurantes
Sobre o artigo "Com quantos reais se faz um omelete" (Tendências/Debates, 22/4), não sou partidário de perseguição contra os donos de restaurantes, mas parece que, para Olivier Anquier, apenas esta categoria paga impostos caríssimos e sofre com a violência. Por que eles não se unem contra essa situação em vez de simplesmente descontarem em nós, clientes. Em tempo, fica aqui uma sugestão para Olivier: pague maiores salários que você também conseguirá melhores garçons.
Pedro Luiz Teixeira de Moura (São Paulo, SP)

Roberto Carlos
De novo rei, pelo amor de Deus! Nós que amamos você, a sua música, nos entristecemos por demais com essas suas manias, por querer barrar a liberdade de expressão ("Roberto Carlos tenta barrar venda de livro", "Ilustrada", ontem) e, ademais, o primeiro livro que barrou na Justiça faz muito jus a você e ao seu reinado.
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)

Música
O artigo de João Carlos Martins ("Os imprescindíveis", Tendências/Debates, 22/4) somente esqueceu de citar uma pessoa imprescindível, ele mesmo, que está levando a música clássica este Brasil afora.
Janaina Carvalho (São Paulo, SP)