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Opinião

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A caminho da Copa

Talvez o principal fenômeno a destacar na Copa das Confederações, encerrada no domingo, seja o reencontro do torcedor com a seleção brasileira. Em tempo de protestos contra gastos abusivos para o Mundial de 2014 e de questionamentos a partidos e governantes, os brasileiros sentiram-se bem representados pelo desempenho do time nacional de futebol.

Por certo o clima das manifestações se fez sentir dentro dos estádios, mas o torcedor soube separar a arena esportiva da política.

A maneira enfática com que se cantou o Hino Nacional foi uma demonstração de que se firmou um pacto entre público e jogadores. Desacreditada em anos recentes, a equipe respondeu com empenho e uma conquista categórica.

Nem tudo foi bem, entretanto, quanto aos aspectos organizacionais. Alguns estádios não estavam inteiramente concluídos e muitos serviços deixaram a desejar. Houve longas filas e confusão na retirada dos ingressos, que nem sempre corresponderam à localização prevista. A própria Fifa, entidade máxima do futebol e responsável pelo torneio, reconheceu o problema.

O esquema de transporte, um dos aspectos mais preocupantes devido ao atraso nas obras, mostrou-se razoável nas seis cidades que receberam o torneio. Em muitas delas, porém, ônibus e metrô foram insuficientes para atender à demanda --e os protestos contribuíram para os transtornos.

De todos os itens, os mais sofríveis foram a comunicação por celular e o acesso à internet. Em nenhuma sede a telefonia móvel funcionou de modo satisfatório. Com os estádios cheios, obter sinal tornou-se tarefa muito difícil.

Representantes do setor alegaram que os atrasos na construção das arenas prejudicaram a instalação de equipamentos. Mas basta viver no Brasil para saber que a precariedade das telecomunicações não se resume a esses eventos.

Como teste, a Copa das Confederações expôs os conhecidos tropeços do país quanto a respeitar cronogramas e entregar o prometido. Falta um ano para o Mundial, que se realizará em 12 cidades. Estima-se que cerca de 600 mil turistas estrangeiros visitarão o país. Quesitos não testados, como a capacidade dos aeroportos, terão de responder às novas exigências.

Se dentro de campo a seleção brasileira mostrou progressos, fora, ainda restam interrogações.


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