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Paula Cesarino Costa

Os números e a rua

RIO DE JANEIRO - O governador Sérgio Cabral (PMDB) enfrenta mar revolto. Tem sua pior avaliação entre os mais ricos (faixa em que é reprovado por 54% dos entrevistados), os mais escolarizados (com rejeição de 51%) e os que vivem na capital (43%), de acordo com a pesquisa Datafolha. Ou seja, os vizinhos do Leblon aceitam menos seu governo do que os distantes moradores, por exemplo, da Baixada Fluminense.

Os números de Cabral no Datafolha são estarrecedores por si. Mais ainda se comparados com o passado recente. Ao final de seu primeiro mandato, em 2010, estava no auge da popularidade: 55% dos eleitores do Estado avaliavam seu governo como ótimo ou bom. Pouco antes, foi reeleito com a maior votação já recebida por um governador fluminense: mais de 5 milhões, equivalentes a 66% do total de votos válidos.

Hoje, tem a rejeição de 36%, enquanto só 25% avaliam seu governo como ótimo ou bom, e 38%, regular.

Se dependesse dos jovens, mostra o Datafolha, Lindbergh Farias (PT) lideraria hoje, com 26%. Em seguida, viria Cesar Maia (DEM), com 18%, e Garotinho (PR), com 12%. Candidato oficial, o vice-governador Luiz Fernando Pezão, somaria 8%. No total dos eleitores, os três oposicionistas empatam em primeiro, cada um atingindo praticamente o dobro do peemedebista --17% ou 15% contra 8%.

É razoável supor que Pezão cresça entre os que aprovam Cabral. Mas é o petista quem consegue índice melhor, atingindo 22% nesse segmento, além de Maia, com 21%. Pezão tem o voto de 15%, o mesmo que o raivoso adversário Garotinho.

A má avaliação de Cabral está no mesmo patamar da de Dilma, Alckmin ou Paes. Mas, no Rio, as palavras de ordem contra o governador capitalizaram os movimentos. Por 11 dias, manifestantes acamparam na sua rua. Hoje, ele é o foco principal de novo protesto. O recado na porta de casa é o de que é hora de mudança.


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