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Opinião

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Apagão americano

A crise político-financeira deflagrada pela estratégia de ataque frontal do Partido Republicano ao presidente Barack Obama deixou nos últimos dias o governo americano numa situação de refém, acossado por duas graves ameaças.

O apagão orçamentário imposto pelos republicanos na Câmara no início do mês, quando começou o ano fiscal do país, é a primeira delas. A fim de criar dificuldades para a nova política de saúde da administração democrata, os oposicionistas recusaram-se a aprovar a proposta de Orçamento federal.

A decisão impede o governo de arcar com uma série de despesas, da manutenção de parques nacionais a programas de segurança alimentar, passando por contratos de funcionários públicos. Tal paralisação já tem reflexos negativos na economia americana.

A segunda ameaça, ainda mais preocupante, é a demora do Congresso em votar a elevação do teto do endividamento federal.

O prazo para que os parlamentares autorizem a medida termina no dia 17. Sem o consentimento, o governo não conseguirá pagar suas dívidas, com consequências explosivas para a economia americana e mundial. Para Obama, a hipótese "deflagraria o caos".

Para evitar o pior, o presidente e líderes oposicionistas deram início a conversações. Em troca de cortes no Orçamento e o fim de impostos criados pela lei de saúde, os republicanos acenaram com o prolongamento por seis dias do prazo de votação do teto da dívida. Dessa forma, manteriam a pressão sobre o governo e teriam um tempo estabelecido para as negociações.

A Casa Branca considerou a proposta insuficiente. Quer que a Câmara suspenda o apagão do governo e aprove a elevação do endividamento antes de fazer concessões.

Os republicanos, por sua vez, não podem desconsiderar o enorme custo político de serem responsabilizados pelo calote do país mais rico do mundo.

As duas partes manifestaram confiança em uma solução para breve. Nada indica, no entanto, que o Partido Republicano abdicará da firme oposição a Obama, capitaneada pelos ultraconservadores do Tea Party.

O ativismo dessa parte da direita americana põe em risco toda a economia global, que ainda se recupera de sua última crise.


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