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Sérgio Rangel

Mais que bom senso

RIO DE JANEIRO - Você está cansando do ritmo de trabalho nos últimos anos. Pede bom senso e solicita uma reunião. Pressionado pelo apoio de seus colegas, seu líder o recebe, promete lhe tratar melhor no próximo ano e marca um novo encontro alguns dias depois.

Para a nova data, o comandante enche a sala com uma série de representantes oficiais do setor. Um deles foi financiado durante anos por verba repassada mensalmente pelo anfitrião. Você participaria de uma reunião dessas?

É isso que vai acontecer hoje na sede da CBF, no Rio, no encontro marcado pelo presidente José Maria Marin com os integrantes do Bom Senso F.C., grupo formado por mais de mil jogadores das Séries A e B do Brasileiro. Os atletas pedem uma redução na maratona de jogos no próximo ano e um período mais adequado para a pré-temporada, entre outras reivindicações.

Nesta tarde, Marin vai se sentar bem próximo do representante do Sindicato do Futebol, que deverá ser Mustafá Contursi, atual mandatário da entidade que reúne os clubes e as federações estaduais.

O sindicato cresceu com a ajuda financeira do "mensalinho" da CBF, nome dado pelos cartolas aos repasses feitos pela confederação às federações e a aliados (cerca de R$ 60 mil atualmente). Além do apoio da CBF, o sindicato tem como tesoureiro um diretor de Marin, Reinaldo Carneiro Bastos.

Há dois anos, a entidade ganhou o noticiário depois de receber R$ 6,2 milhões do Ministério do Esporte para fazer o cadastramento de torcidas organizadas. Detalhe: o serviço não foi realizado.

Calouros nos bastidores do poder, os jogadores vão precisar hoje mais do que bom senso para ter sucesso na reunião, onde os personagens vestem ternos, o campo é de carpete e não há torcedores.


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