Folha de S.Paulo

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Mensalão
Fiquei estarrecido ao saber que o prisioneiro José Dirceu pretende postar em seu blog direto da prisão. Será que na penitenciária da Papuda alguns presidiários podem usar celular contra todas as regras para os demais presos? Se for assim, por uma questão de igualdade, teremos que garantir ao Marcola e ao pessoal do PCC o mesmo direito de manter seus celulares e blogs.
CLÁUDIO MARQUES, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (São Paulo, SP)

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Li com uma certa surpresa, para não dizer espanto, a reportagem "Dirceu pede para escrever em blog dentro da cadeia" ("Poder", ontem). Penso que determinadas "facilitações" acabam abrindo espaços para que outros presos lutem pelo mesmo direito. Como condenar um preso que usa celular dentro da prisão se o outro, na cela ao lado, se comunica através do seu blog e concede entrevistas?
IVAN CARLOS DESPERATE, padre (Marília, SP)

Corrupção
Juntando a coluna de Janio de Freitas ("No reino da trapaça", "Poder", ontem) e a de Clóvis Rossi ("O triunfo da mediocridade", "Mundo", ontem), temos a causa e o efeito da corrupção endêmica que assola este país há pelos menos 500 anos. Não há lei que mude isso, e sim homens.
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

Ranking
A divulgação de que somente quatro universidades nacionais estão entre as cem melhores dos países emergentes, é emblemática das nossas fragilidades. Enquanto a educação como um todo continuar sendo o nosso "calcanhar de aquiles" do processo de desenvolvimento sustentado, este continuará rateando. Que nossas lideranças promovam, prioritária e continuamente, um projeto nacional educativo de qualidade, para que possamos sair desse imbróglio civilizatório que não merecemos ter.
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

Construção civil
De carona com a lamentável notícia do desabamento de um prédio em construção em Guarulhos, ficamos sabendo que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou inspeção para prédios já erguidos e ocupados que, comprovadamente, pelo passar dos anos, não oferecem risco algum de desabamento. Então lá vem mais uma taxa de "inspeção". Obrigar as prefeituras a criar uma ouvidoria da construção civil, para ouvir os trabalhadores sobre rachaduras e estalos nos prédio em construção ninguém cogita, claro, já que isso poderia afetar as doações para as campanhas políticas.
OSMAR CESAR GAMA (Peruíbe, SP)

Moradores de rua
Indiferença e insensibilidade com o sofrimento são a regra em São Paulo. O editorial "Fracasso Duplo" ("Opinião", ontem) diz que a situação de indigência de moradores de rua e dependentes químicos é insuportável. Mas é preciso ficar claro que não é só o poder público que tem responsabilidades nessa área, somos todos nós. A deprimente questão somente será resolvida com parecerias entre todos os setores da sociedade e indivíduos, de modo a transformar nossa consciência solidária latente em ação. Assim, consideraremos a indigência humana não apenas insuportável mas inadmissível.
PAULO CESAR REBELLO GIACOMELLI (Alto Paraíso de Goiás, GO)

Economia
Diante da divulgação dos números do PIB e de outros dados da economia nacional, acabamos de descobrir qual o método de cálculo utilizado. O Cálculo Hipotético Universal Técnico Estimativo, popularmente conhecido como C.H.U.T.E.
CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

Patrocínio
Sobre a reportagem "Petrobras corta verba de projeto olímpico" ("Esporte", 4/12), a Petrobras reafirma que continuará patrocinando as modalidades de boxe, esgrima, levantamento de peso, taekwondo e remo em 2014 e que o planejamento técnico das cinco confederações para 2014 foi recebido pela companhia e pelo Instituto Passe de Mágica no dia 29/11 e está sendo analisado. Somente após essa análise é que serão definidos os valores dos patrocínios. A Petrobras reafirma que não haverá corte de verbas. Portanto, não procede a informação de que a companhia teria avisado às confederações sobre diminuição de repasses. Em 2013, o patrocínio às cinco modalidades foi de R$ 8,2 milhões. O valor de R$ 15 milhões citado no texto está incorreto.
LUCIO MENA PIMENTEL, gerente de Imprensa da Comunicação Institucional da Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)

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Em referência à reportagem "Petrobras corta verba de projeto olímpico", esclarecemos que a diretora do Instituto Passe de Mágica (IPM), Maria Paula Gonçalves (Magic Paula), informou ao repórter que não havia definição sobre o orçamento e o formato do programa para 2014, o que não significa necessariamente corte de verbas. O IPM e a Petrobras continuarão trabalhando juntos em 2014. Desde 2010, o IPM e a Petrobras têm uma parceria bem sucedida no patrocínio às cinco modalidades olímpicas (boxe, esgrima, levantamento de peso, remo e taekwondo).
ROBERTA PALMA, assessoria de comunicação do Instituto Passe de Mágica (São Paulo, SP)

RESPOSTA DOS JORNALISTAS PAULO ROBERTO CONDE E MARCEL MERGUIZO - A reportagem não disse que o programa será encerrado. À Folha, a diretora do Instituto Passe de Mágica, Magic Paula, em entrevista gravada, disse que a Petrobras não sabe se terá recurso incentivado para 2014 e que os valores seriam revistos devido à queda no lucro da estatal. Confederações confirmaram que, em reunião com a Petrobras, souberam da mudança no formato do repasse e da provável diminuição de valores. Sobre o valor do patrocínio, a declaração partiu da própria Magic Paula, como apontado no texto.