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Nelson Mandela

Na "Primeira Página" da Folha de sábado, uma foto mostra, abraçados, jovens de diferentes etnias concentrados em frente à casa de Nelson Mandela, numa prova inequívoca de que hoje a África do Sul é um país de todos. Esse é o grande legado de um dos maiores líderes da humanidade nos últimos tempos.

HUMBERTO MENDES (São Paulo, SP)

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Fiquei satisfeito, e a parabenizo por isso, ao ler que a presidente Dilma convidou seus antecessores para fazerem parte da comitiva oficial brasileira ao enterro de Nelson Mandela. Só mesmo um homem de estatura moral e importância ímpar como Mandela seria capaz de reunir adversários políticos em prol de uma causa única. Que sua luta não tenha sido em vão.

LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)

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Parafraseando Nelson Rodrigues, não seria burra toda essa unanimidade em torno do mito Mandela? É como se Deus e o Diabo se entendessem. Seus 27 anos na prisão foram um descanso se comparados à cruel escravidão nas minas de diamante que financiou o genocídio fratricida na África subsaariana -- o que, parece, ele não viu, não soube. Mandela acabou com o apartheid racial ou foi mera estratégia para chegar a um jugo mais cruel? Só a história dirá.

PEDRO UBIRATAN M. DE CAMPOS (Campinas, SP)

Perfil ideológico

Parabéns ao Datafolha pela pesquisa sobre a divisão ideológica no nosso país ("Brasil se divide sobre impostos e papel do governo", "Primeira Página" e "Poder", ontem). É muito melhor começar o domingo com reflexões que nos alimentam intelectualmente e nos inspiram do que com constatações pessimistas, que nos deixam deprimidos o resto do dia.

PAULO SCHOR, professor da Unifesp (São Paulo, SP)

PT x PSDB

Há uma diferença substancial entre o PT e o PSDB. Enquanto o primeiro inventou a corrupção sem o corruptor, o segundo inventou a corrupção sem o corrompido.

MANUEL VAZQUEZ GIL (São Vicente, SP)

Mensalão

Estranhei a acusação da professora Maria Sylvia Carvalho Franco ("Insólitas prisões", Tendências/Debates, ontem) ao afirmar que "o imprudente uso do poder evidencia a afronta ao cidadão" quando se fez cumprir a ordem de prisão de parte dos apenados da quadrilha pluripartidária que, esfaqueando a democracia, comprou parlamentares com dinheiro público e por valor maior do que eles realmente valem. Isso, sim, foi a maior afronta ao cidadão brasileiro.

LUIZ ROBERTO SALGADO (São Paulo, SP)

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Sensato e judicioso o artigo "Insólitas prisões", da professora Maria Sylvia Carvalho Franco. Acrescentaria ao artigo o seguinte: sob a luz dos holofotes da mídia, há vida, mas nem tanto.

THOMAZ SILVEIRA (Aracaju, SE)

Ombudsman

Suzana Singer não foge ao hábito e, na sua coluna "Perder esse trem" ("Poder", ontem), analisou com precisão o tratamento que o jornal está dando ao cartel do metrô e dos trens em São Paulo. Louva-se o texto e a sua publicação. Com esse espaço de autocrítica, raro na mídia brasileira, a Folha demonstra apego à democracia e à pluralidade, além de respeito ao leitor.

ALFREDO STERNHEIM (São Paulo, SP)

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A crítica de Suzana Singer de que a Folha estaria a reboque do "Estado de S. Paulo" no caso Siemens mostrou-se inconsistente diante da excelente e esclarecedora reportagem "Testemunha nas sombras", de Mario Cesar Carvalho ("Poder", ontem), que mostra a fragilidade da única testemunha de acusação. Seriedade é não publicar boatos que atingem seriamente reputações.

LUÍS ROBERTO FERREIRA (São José do Rio Preto, SP)

Governo Alckmin

Está equivocada a reportagem "De olho na eleição de 2014, Alckmin adota programas petistas" ("Poder", 6/12) ao comparar programas distintos e omitir informações importantes que desconstroem a tese da reportagem. Por exemplo, os AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades, em que pacientes fazem exames e passam por consultas) e as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) são equipamentos completamente diferentes. A menção ao Mais Médicos é igualmente absurda, já que o plano de carreira dos médicos da rede estadual foi sancionado seis meses antes do anúncio do programa federal. A mudança na progressão continuada estadual foi anunciada em 4 de janeiro de 2011, como registrado pela própria Folha.

VANESSA SILVA PINTO, coordenadora de comunicação do Diretório Estadual do PSDB-SP (São Paulo)

RESPOSTA DA JORNALISTA MARINA DIAS - Não há equívoco na reportagem. O bônus para médicos que trabalharem nas regiões pobres do Estado foi criado em outubro por legislação específica e não era previsto no plano de carreira adotado em fevereiro. As mudanças na educação só foram anunciadas agora. Em janeiro de 2011, o governador disse apenas que elas estavam em estudo.

Educação

O editorial "Vai-se uma geração" ("Opinião", ontem) constata a penúria competitiva do Brasil no cenário educacional e, consequentemente, econômico. Hélio Schwartsman ("Desastre educacional", "Opinião", 7/12) comentou a necessidade de atacarmos o problema básico com um ensino estruturado e até massificado. Bem, agora podemos esperar manifestações iradas de "construtivistas", que se veem com um cinzel nas mãos esculpindo gênios, enquanto à grande maioria sobra o limbo, e ao país, o apagão de mão de obra.

ANDRÉ PEDROSO (São Paulo, SP)