Folha de S.Paulo

Painel do Leitor

Ucrânia

A manchete "Parlamento depõe presidente da Ucrânia" ("Mundo", 23/2) deixa claro que o presidente só foi derrubado depois que deixou de ser útil aos parlamentares do país. Lá, como aqui, se o presidente não contar com --ou comprar-- o apoio parlamentar, ele não governa.
Osmar Cesar Gama (Peruíbe, SP)

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Clóvis Rossi escreveu que ganharam os "black blocs" com causa ("Mundo", 23/2). Perdeu Viktor Yanukovich, mas perdeu também Vladimir Putin. Com certeza quem ganhou não foi a população ucraniana, como já vimos no Iraque, Líbia, Afeganistão, Egito --e Síria a caminho. Como sempre ganharão os mesmos, que instigam esses movimentos.
Gilberto A. Giusepone (São Paulo, SP)

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As forças internacionais (EUA e União Europeia) interessadas na posição estratégica da Ucrânia conseguiram mudar o governo.
Filipe Luiz Ribeiro Sousa (São Carlos, SP)

Colunistas

Discordo dos leitores José Vicente da Silva Filho e Geraldo Tadeu Santos Almeida (Painel do Leitor, 23/2) a respeito de Vladimir Safatle e Reinaldo Azevedo. Ambos veem o mundo a partir de seus próprios olhos e nenhum deles --como nenhum de nós-- detém o monopólio da verdade. Parabenizo a Folha pela pluralidade de colunistas. Prefiro ler tanto opiniões com as quais me identifico como aquelas com as quais tendo a discordar a ter de ler só as opiniões que me agradam.
Darcio de Souza (São Paulo, SP)

Racionamento

O racionamento bate às portas dos paulistas. A inépcia no uso de sistemas alternativos de captação agora cobra seu preço. A entrega do Sistema São Lourenço está dois anos atrasada, e os programas "Redução de Perdas" e "Uso Racional de Água" estão contaminados pela promiscuidade entre o público e o privado.
Francisco Ramos (Brasília, DF)

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Luiz Bolognesi ("Opinião", 23/2) foi muito feliz ao mostrar o quanto somos vulneráveis diante da natureza. O olhar do homem alcança quando muito 50 anos, e o imediatismo é o que mais interessa. Quase dois meses de calor com pouca chuva mostraram as consequências de algo imprevisível, mas que poderia estar no planejamento dos governos, se trabalhassem com cenários de risco.
Francisco Sérgio Ruiz (São Bernardo do Campo, SP)

Laerte

Janio de Freitas confessou ontem (23/2) não ter entendido uma tira do Laerte. Falando francamente, faz tempo que não entendo nenhuma delas. Para mim, as duas primeiras tirinhas (Angeli frequentemente faz o mesmo) são como um cabeçalho colorido que só ilustram a parte superior da seção. Sendo a Folha uma publicação plural, compreendo que haja lugar para essas tirinhas, mas gostaria de saber qual é o leitor atendido pelo jornal nesse caso.
Sonja Carvalho Dias de Andrade (São José dos Campos, SP)

Datafolha

É provável que as pesquisas reflitam majoritariamente a insatisfação do cidadão dos grandes centros urbanos, onde as manifestações mais significativas ocorrem. Os municípios de pequeno e médio porte não oferecem condições espaciais e socioculturais para manifestações populares, e neles reside boa parte dos beneficiários dos programas sociais oficiais. Estes também compõem o Brasil real e votante.
Robinson Ricci (Tupã, SP)

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O Datafolha trouxe um dado revelador: considerando que Joaquim Barbosa jamais teve mandato popular e não passou pelo desgaste natural de ter de prestar contas aos eleitores, seu índice de rejeição é relativamente muito maior que o de Dilma Rousseff, Eduardo Campos ou Aécio Neves.
Gilberto Geraldi (São Paulo, SP)

Ilustríssima

Parabéns pela edição da "Ilustríssima" (23/2). Excelentes todos os textos que fazem um check-up da literatura brasileira atual.
Graça Sette (Belo Horizonte, MG)

Manifestações

Anteontem fui detido com outros 260 manifestantes sem termos feito absolutamente nada de errado. Mas Geraldo Alckmin e o ministro José Eduardo Cardozo não haviam repetido inúmeras vezes que a nova abordagem dos policiais teria como um de seus objetivos garantir o direito de manifestação dos que protestam de maneira pacífica? Por todas as arbitrariedades que vivenciamos, Alckmin e Cardozo precisam explicar o que eles queriam dizer.
Luiz Enrique Vieira de Souza (Campinas, SP)

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É evidente que os "black blocs" vão perder sua guerra sem causa --a da destruição pela destruição, patrocinada pelos partidos de extrema esquerda. O quebra-quebra não será aceito pela maioria da população, que é pacífica e, pior, adora futebol. Sugiro aos "black blocs" que canalizem sua força para um convencimento mais intelectual da sociedade. A Copa vai existir, mas pode ser um fracasso se o público não comparecer aos estádios.
Victor Germano Pereira (São Paulo, SP)

Futebol

Muito bom o texto de José Roberto Torero ("Esporte", 23/2) sobre a Copa de 1982 --que para mim também foi o melhor time que já tivemos: "A Copa de 1982 foi o fim da minha ingenuidade". Perfeito, Torero, parabéns. Você, com seu belo texto, fez um gol de placa no coração deste torcedor.
José Anísio Pitico da Silva (Juiz de Fora, MG)

Folha, 93

A Folha agradece as felicitações por seus 93 anos recebidas de Robson Braga de Andrade, presidente da CNI - Confederação Nacional da Indústria (Brasília, DF), de Ruy Martins Altenfelder Silva, presidente do conselho de administração do CIEE (São Paulo, SP), de Rogério Silva, vereador de Osasco pelo PSC (Osasco, SP), de José Carlos Guedes, radialista (Jacareí, SP), e de Silvia Lá Mon e Jorge Ribeiro Neto, diretores do "Jornalzen" (Campinas, SP).