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Painel do Leitor
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Violência
Mais uma vez, Janio de Freitas sai na frente com sua clareza e lucidez, despido de preconceitos, conseguindo traçar um painel da nossa realidade ("O Brasil embrutecido", "Poder", ontem). Não sei quais são os rumos a serem tomados. Com certeza não é o "dente por dente" defendido pelos que se deixam levar por soluções imediatistas que só tendem a agravar o estado de insegurança e de violência.
José Carlos Moreira de Mello (São Paulo, SP)
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Muito bem costurado o texto de Janio de Freitas, mormente quando fala sobre o rebaixamento dos costumes que grassa pelo país. Isso, a meu ver, é um dos principais combustíveis para toda essa violência, brutal e estarrecedora que atinge a todos nós.
Rodrigo César Coccaro, promotor de Justiça (São Paulo, SP)
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Violência avassaladora pelo país afora, gangues armadas cada vez mais numerosas e organizadas assaltando e aterrorizando. Enquanto isso, o governo federal, com leis draconianas antiterrorismo, e o estadual, com a desproporcional mobilização da Polícia Militar, só se preocupam em reprimir as legítimas manifestações populares.
José Loiola Carneiro (São Paulo, SP)
Esquerda
Para entender a mente deturpada de Ignacio Ramonet ("Técnicas de manual", Tendências/Debates, 22/2), leia "Socialismo e barbárie" ("Ilustrada", 24/2), de Luiz Felipe Pondé. A leitura dos dois é importante também para entender o socialismo. O povo brasileiro já deu provas de que não é socialista, mas amante das liberdades e voltado para o progresso.
Antonio José Felix de Carvalho, professor associado da USP - São Carlos (São Carlos, SP)
Charges
Ter apenas a mente aberta, como afirmou o cartunista Laerte Coutinho (Painel do Leitor, ontem), não basta. Para entender, ops!, degustar plenamente as tirinhas em questão, é preciso dominar alguns conceitos e práticas acrobáticas de interpretação. Não nego o privilégio de ter diariamente uma ilustração do Laerte na Folha. Admiro seu traço. Não hesitaria em tê-lo moldurado na sala de minha casa.
Sonja Carvalho Dias de Andrade (São José dos Campos, SP)
Museus
O editorial "Museus na fila" ("Opinião", 22/2) focaliza a situação do Masp, que se cerca da atenção dos meios artísticos do país. Tanto que a ministra da Cultura, Marta Suplicy, visitou recentemente o museu e desenvolve gestões no sentido de apoiá-lo. Com referência ao decreto da presidente Dilma Rousseff, que regulamentou o Estatuto de Museus, lembramos que o Masp decidiu fazer o seu plano museológico, adotando a estratégia recomendada pela nova legislação. Trata-se de um avanço e de inegável contribuição da iniciativa federal às transformações do Masp para superar seus desafios.
Angelo Oswaldo de Araújo Santos, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Brasília, DF)
Mensalão
Roberto Jefferson não é um simples delator na ética dos presidiários, como afirma Gilberto Geraldi (Painel do Leitor, ontem). Ele é considerado um herói nacional por ter denunciado uma quadrilha que nos roubava. Ele merece a prisão, sim, mas, pelo seu ato heroico, merece uma estátua em frente ao Congresso.
Rogério O. Brito (Belo Horizonte, MG)
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Não sei quais foram as razões para Roberto Jefferson denunciar o esquema do mensalão, mas seu gesto foi importante. Merece uma nota positiva, pois teve coragem de denunciar o esquema.
André Coutinho (Campinas, SP)
Paulo Maluf
Paulo Maluf está na lista de procurados da Interpol e, agora, o Deutsche Bank fechou um acordo de R$ 47,6 milhões com o Ministério Público e com a Prefeitura de São Paulo, a título de indenização por ter movimentado valores desviados do erário na época em que Maluf foi prefeito. Parece uma piada, pois, até agora, não se conseguiu punir o referido cidadão no Brasil. Como fica o crédito da Justiça neste país?
Paulo Roberto Leme (São Paulo, SP)
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Depois de todo o dinheiro enviado a paraísos fiscais, o deputado Maluf (PP-SP) continua alegando que não tem recursos no exterior. Além do Deutsche Bank, outros bancos estão na mira do Ministério Público. Maluf reafirma que ele nunca teve conta em banco no exterior. É verdade: o que ele tem lá é dinheiro e quem guarda o dinheiro é o banco.
Izabel Avallone (São Paulo, SP)
Apagão
Sobre a reportagem "Falhas sucessivas retardaram fim de apagão no Nordeste" ("Mercado", 22/2), esclarecemos que as falhas do sistema de proteção não tiveram influência no atraso do restabelecimento do Sistema Interligado Nacional. A afirmação de que a falha do religamento automático retardou a recomposição também não procede, uma vez que o desligamento dos equipamentos ocorreu em tempo anterior a essa ação.
Hermes Chipp, diretor-geral do ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico (Rio de Janeiro, RJ)
RESPOSTA DA JORNALISTA JULIA BORBA - As falhas descritas no relatório mostram que não foi possível restringir o problema apenas à região afetada pela queimada, o que fez com que todo o sistema do Nordeste fosse desligado. Como a área atingida foi ampliada, levou-se mais tempo para normalizar a situação. As ponderações do ONS foram contempladas no texto.
Folha, 93
A Folha agradece as felicitações por seus 93 anos recebidas do publicitário Emmanuel Publio Dias (São Paulo, SP), de Reinaldo Canto Pereira, presidente do CDE - Centro Democrático dos Engenheiros (São Paulo, SP), de Jose Carlos Teixeira da Silva, professor aposentado da Unesp (Piracicaba, SP), e de Afanasio Jazadji, presidente da Associação 15 de Outubro dos Credores da Boi Gordo (São Paulo, SP).
