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Opinião

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Paula Cesarino Costa

Realidade e ficção

RIO DE JANEIRO - A principal bandeira do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), está sob ataque físico e verbal --de traficantes e adversários políticos.

A sete meses da eleição para sua sucessão e mais de cinco anos depois da instalação da primeira unidade no morro Dona Marta (Botafogo, zona sul), em dezembro de 2008, as críticas e as ameaças ao projeto das UPPs crescem ao ponto de duvidar de que exista futuro para ele.

A eleição que se aproxima forçará a posicionamentos dos eleitores (em geral, mais assustados que racionais) e dos políticos (em geral, oportunistas ao tratar do tema).

Na zona norte e na zona sul, o Complexo do Alemão e a Rocinha estão sob tensão, com recentes demonstrações da presença do tráfico e agressões, até fatais, contra policiais.

Na zona oeste, a Vila Kennedy, prevista para ser ocupada hoje, com vistas à instalação da 38ª UPP, tem sido palco de confrontos constantes.

Foi inaugurada há 40 anos, como parte da política de remoções do governador Carlos Lacerda (1914-77) e criada com verba da Aliança para o Progresso, programa do presidente americano John Kennedy (1917-63).

O conjunto é o contra-exemplo de política habitacional: moradores que viviam em bairros valorizados (como Botafogo e Maracanã) e centrais foram levados para locais distantes dos seus postos de trabalho e inóspitos por sua falta de infraestrutura. Lembraram de erguer por lá uma estátua da Liberdade, mas se esqueceram levar transporte, emprego, condições. Aliás, esqueceram de quem ali mora.

A solução do cenário da segurança no Rio passa pelo entendimento das evoluções urbana e social da cidade.

O Complexo do Alemão, ocupado de forma cinematográfica em 2010 volta às telas. Em filme de ficção que estreia hoje nos cinemas e em contos de fadas levados à TV por propagandas políticas. Caberá ao espectador-eleitor decidir o que irá prestigiar.


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