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Menos mortes nas ruas

Estudo divulgado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) trouxe boas notícias sobre o trânsito de São Paulo. Em 2013, verificou-se na capital paulista o menor número de mortes em acidentes dos últimos 34 anos.

Em termos absolutos, a quantidade de vítimas ainda é expressiva: 1.152. Na comparação com 2012, entretanto, a queda foi de 6,2%.

As estatísticas não deixam dúvida quanto à tendência declinante. Desde 2005, as mortes de pedestres recuaram 31,3%, e as de motoristas e passageiros de carros, 37,3%. Particularmente marcante, a redução de óbitos de ciclistas foi de 33% no cotejo com 2012 e de 62% se levados em consideração os últimos oito anos.

A exceção concerne às motocicletas, modalidade que se popularizou rapidamente e ainda responde por elevado número de vítimas. Em 2005, 345 pessoas que circulavam em motos perderam a vida nas ruas de São Paulo; no ano passado, foram 403. Mesmo neste caso, porém, a curva de alta já se inverteu, depois de um pico de 512 fatalidades em 2011.

Um conjunto de fatores explica a melhoria: aperfeiçoamento da sinalização, diminuição das velocidades máximas permitidas (ou da velocidade possível, como decorrência de congestionamentos), implantação de radares e lombadas eletrônicas, delimitação de faixas exclusivas, campanhas educativas e a chamada lei seca.

Embora auspiciosos, os dados continuam muito distantes dos que se observam em cidades mais ordenadas e que dispõem de melhor infraestrutura de metrô e trens. Enquanto a taxa de mortes no trânsito paulistano fica em torno de 10 por 100 mil habitantes, a de Nova York é próxima de 4.

A cidade americana recentemente aderiu ao programa "Visão Zero", de origem sueca, que propõe o redesenho dos sistemas viários para aumentar a segurança. A meta --por simbólica que seja-- é ambiciosa: nenhuma morte em 2024.

São Paulo está em etapa anterior. Ainda busca conter o alto grau de incivilidade, ou de selvageria, nas suas ruas e avenidas. Basta dizer, quanto a isso, que são recentes os esforços para efetivar uma norma tão elementar quanto o respeito à faixa de pedestres.

São animadores, de todo modo, os resultados expostos pela CET, bem como os sinais de que a capital se preocupa cada vez mais em mudar seu tradicional padrão de favorecer o automóvel em detrimento de transeuntes e usuários de transporte público.


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