Folha de S.Paulo

Painel do Leitor

Petrobras
O que interessa e que deve ser investigado a fundo, no caso da refinaria de Pasadena (EUA), é o destino do dinheiro. Espero que a equipe de repórteres destacados no caso nos brinde com uma competente investigação e divulgue os nomes dos espertalhões que conquistaram os louros do mau negócio.
HARLEY PAIVA MARTINS, engenheiro civil (João Pessoa, PB)

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Os ganhos de R$ 19 bilhões pela mudança de regime de concessão para partilha, com reserva de 85% dos lucros para a Petrobras e para a União, são questões estruturais da boa gestão dos últimos anos, que devem ser mantidas, enquanto o caso da refinaria de Pasadena e o de Suape são de dimensão pontual e devem ser investigados sem o viés político das CPIs em ano eleitoral.
ANTÔNIO BEETHOVEN CUNHA DE MELO (São Paulo, SP)

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Estamos chegando à conclusão de que o contrato para a compra da refinaria de Pasadena foi escrito na língua javanesa e que seus partícipes, Nestor Cerveró, Graça Foster, Sérgio Gabrielli e Dilma Rousseff, para confundir os Poderes maiores da República, só falam no idioma javanês. Assistimos a isso ontem no depoimento de Cerveró na Câmara.
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)

Protestos
Chocante a foto publicada na "Primeira Página" de ontem, em que uma jovem aparece covardemente segurada por dois soldados e cercada por mais de 20 policiais com escudo de proteção. Seria aquela jovem tão perigosa para justificar tal ação policial? Acredito que não. Gostaria de ver essa atitude contra os bandidos que estão por aí fazendo barbaridades.
JOSÉ LUÍS RODRIGUES, aposentado (Campinas, SP)

Auxílio-reclusão
Em que pese o auxílio reclusão ser um benefício e um direito dos familiares do preso, que, por sua vez, deve ser segurado e, portanto, contribuinte do INSS, em crimes com morte ou invalidez resultantes da ação desse preso, a quantia (mesmo pequena) deveria ser rateada entre as duas famílias --a do preso e a da vítima. Aí, sim, faríamos justiça.
CLÁUDIO GUIMARÃES BRANDÃO DA SILVA (Goiás, GO)

Rachel Sheherazade
Não concordava com algumas opiniões da Rachel Sheherazade (caso do menor acorrentado, por exemplo), mas, com certeza, a jornalista era a voz que expressava os anseios da maioria da população. Não só eu como essa imensa maioria estamos nos sentindo amordaçados.
MAURO ZENHITI AZANA (São Paulo, SP)

TV Folha
Foi com pesar que, na última edição do "TV Folha", recebi a notícia de seu fim. O telejornal nos brindava com algo novo e mais dinâmico. É lamentável também a forma como foi comunicado o fim da parceria entre a Folha e TV Cultura. O apresentador, Fernando Canzian, mencionou vários objetivos alcançados, como ganho de audiência, prêmios, crítica elogiosa etc. Por isso não entendi o motivo de uma empreitada tão bem-sucedida terminar laconicamente. Sentirei falta do programa e espero que pela internet seja tão bom quanto foi na TV.
ROGÉRIO OLINDA CAVALCANTE (São Paulo, SP)

Guerra civil na Ucrânia
O senhor Antônio Vinícius Fernandes, comentando artigo de João Pereira Coutinho (Painel do Leitor, ontem), diz não compreender por que Israel e Palestina não podem compartilhar um Estado. Aproveitando a deixa, eu sugiro que Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegóvina, Macedônia, Montenegro e Sérvia voltem a formar a Iugoslávia.
BENI SUTIAK (São Paulo, SP)

Cesárea forçada
Aproveitando o retorno do tema no artigo de Hélio Schwartsman ("Ainda pior", "Opinião", ontem), parece-me que, se aquela mãe ou a criança --ou ambas-- tivessem morrido no caso de parto normal, a médica que as atendeu teria sido presa. No mínimo, teria sido execrada como negligente e incompetente e estaria sendo investigada pela polícia e pelo Ministério Público. Portanto penso que o resultado final do ocorrido tenha sido razoável: mãe e criança vivas, e a médica livre da pecha de negligente, embora questionem a competência dela no caso.
LUIZ FERNANDO SCHMIDT, advogado (Goiânia, GO)

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Em que pese a coerência descrita no artigo "Ainda pior", não vejo a decisão apenas pelo aspecto filosófico. Sob aspecto técnico e criminal, a médica agiu com o intuito de preservar a sua própria habilitação profissional e a integridade criminal. Talvez a médica tenha agido com a filosofia do consequencialismo, porém pensando sobre o que aconteceria contra ela mesma caso assumisse os riscos de um parto convencional naquelas circunstâncias.
VAGNER D'ANGELO (São Paulo, SP)

Morte de garoto
O pai e a madrasta de Bernardo, de 11 anos, são suspeitos de o terem assassinado. Segundo a avó materna, Bernardo teve a coragem de, sozinho, delatar os maus-tratos da madrasta diante do juiz de Três Passos (RS). Além da indignação, fica a questão de saber se a Justiça será chamada a dar satisfações sobre sua omissão.
HELOÍSA FERNANDES, socióloga (São Paulo, SP)