Folha de S.Paulo

Painel do leitor

Marina Silva

Não sei até que ponto Marina Silva ajuda o candidato Eduardo Campos em sua campanha à presidência ("PSDB de Aécio tem o cheiro da derrota no 2º turno, diz Marina", "Poder", ontem). Os obstáculos que são colocados por ela aos acordos com Geraldo Alckmin podem favorecer aos demais candidatos. O importante agora seria alcançar a vitória de Campos. A importância de Marina se deve à sua visão ambiental, que será o novo componente dos programas dos partidos políticos.
Mário Negrão Borgonovi (Rio de Janeiro, RJ)

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É espantoso como Marina Silva posa de paladina da moralidade e refuta o partido que a acolheu para seus devaneios presidenciais. Afirma com todas as letras que o PSB é apenas um trampolim para sua Rede e pratica crime eleitoral grave ao não reconhecer o estatuto e a fidelidade partidária. O pior é que todos a ouvem e, inebriados, não a questionam, como se fosse normal alguém agir assim.
Adilson Roberto Gonçalves (Lorena, SP)

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É bom lembrar que Eduardo Campos e Marina Silva são ex-aliados do PT, enquanto Aécio Neves é verdadeiramente oposição. Portanto, quem está procurando um candidato que propõe mudanças, ou quer alternância de partido, seguramente votará em alguém de oposição ao atual governo, não em aliados ou ex-aliados. Ainda é muito cedo para a ex-ministra fazer prognósticos.
Claudir José Mandelli (Tupã, SP)

Jornal britânico

Nada de novo no editorial do "Financial Times" ("Jornal britânico compara Dilma aos irmãos Marx", "Mercado", 5/5). O periódico representa o mercado financeiro e, como se sabe, os ingleses adoram fazer "negócios da China". Nas eleições de 2010, o correspondente do jornal Jonathan Wheatley, a poucos dias das eleições, escreveu um artigo defendendo que José Serra seria um presidente melhor para o país ("Nada como o sucesso", "Poder", 3/9/2010) --provavelmente, seria para o país dele. Com a derrota do tucano, o jornalista retornou a Londres.
Déa Maria Kowalski (Curitiba, PR)

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A comparação foi uma crítica arrogante ao governo brasileiro. Os irmãos Marx eram comediantes e faziam do riso e do deboche o seu trabalho. Será que a coroa britânica já não dá motivos suficientes para críticas econômicas domésticas? De nossa "coroa brasileira" cuidamos nós. Precisamos valorizar a prata da casa e alterar essa opinião.
Marina Fleury Curado Rosa (Goiânia, GO)

Direitos da mulher

Em referência à coluna da jornalista Eliane Cantanhêde ("Onde nós estamos?", "Opinião", ontem), afirmo que o Ligue 180 tem como marcas a seriedade, a responsabilidade dos seus mais de 3,5 milhões de atendimentos desde que foi criado, em 2005, e a capilaridade. Em nome desse patrimônio, está tomando todas as providências para verificar a procedência do fato apontado pela jornalista, por meio do levantamento da gravação do atendimento.
Eleonora Menicucci, ministra de Estado chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres (Brasília, DF)

Copa do Mundo

Falou-se muito de atrasos e protestos durante a preparação para o Mundial, o que, de certa forma, encobriu seu lado principal: a confraternização entre os povos ("Adoradores da Copa", "Opinião", ontem). Tudo o que aconteceu de bom ou de ruim termina aqui. Começa agora um novo tempo, onde a emoção do convívio e a alegria de receber e se reconhecer o outro superam qualquer barreira. O idioma é a bola --tanto assim, que a cada seleção eliminada, um país se somará à nossa imensa torcida. Vamos celebrar a paz!
Ricardo C. Siqueira (Niterói, RJ)

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Sou do tempo em que, quando uma seleção era anunciada, o Brasil parava. Existia uma disputa paralela pela convocação de jogadores do time do coração. Era uma febre. Hoje só um dos 11 esperados titulares joga no Brasil --os outros, milionários, atuam na Europa em clubes com nomes difíceis de pronunciar. Não existe a mesma paixão.
Evaldo Gândara Barcellos (Santa Rita de Passa Quatro, SP)

Sustentabilidade

Como o Brasil, país com invejável biodiversidade, não encontra uma saída para conciliar a produção pecuária com a conservação ambiental? Continuaremos a seguir modelos de produção onde o interesse econômico seguirá ameaçando o mundo com fragilidades energéticas, elevadas emissões de carbono e altas emissões de metano, resultante das fermentações ruminais do gado? Esses modelos já apresentam sinais de colapso e promovem incertezas para as futuras gerações quanto à capacidade de continuar produzindo seus alimentos para uma população que não para de crescer.
Rogério M. Maurício, professor da Universidade Federal de São João del-Rei (São João del-Rei, MG)

Montadoras

Li que o "Setor de autopeças começa a demitir em cidades de SP" ("Mercado", 1º/5). São as estratégias que as empresas do setor automobilístico usam para adquirir benefícios próprios. Nos meses anteriores, planejam aumento da produção acima de suas necessidades, contratam e aumentam as horas extras. Depois, com altos estoques, demitem funcionários, reduzindo a produção sem impactar suas entregas. É nesse período também que existem as negociações de Participações nos Lucros e Resultados (PLR) com os funcionários e sindicatos. Nesse cenário, recebem incentivos do governo e fixam baixos valores de PLR.
Wagner Ulle F. dos Santos (Americana, SP)

Legalização do jogo

Interessante a colocação de Hélio Schwartsman ("A liberação do jogo", "Opinião", 7/5), que condena a postura do Estado em tentar tutelar o cidadão. Aos argumentos em prol da liberação, acrescentaria informações debatidas em Audiência Publica, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara Federal, em 23 de abril, onde foi apontado que a regulamentação geraria cerca de 350 mil empregos diretos e levaria ao caixa do governo algo em torno de R$ 15 bilhões em tributos. Em 2015, tal ajuda seria bem vinda.
Olavo Sales da Silveira (São Paulo, SP)