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Opinião

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Carlos Heitor Cony

Recados

RIO DE JANEIRO - O primeiro é primeiro mesmo. É um recado amistoso para dona Dilma, que está falando demais. Lembra dom Hélder Câmara, que dava palpite sobre qualquer assunto que rendesse espaço na mídia: concurso de misses, operação do menisco no joelho de Ademir, enchente no Catumbi, crime na rua Sacopã, a morte de Aída Curi, os ossos de Dana de Teffé, o tricampeonato do Flamengo, a crise dos mísseis em Cuba.

E o segundo recado seria para o Felipão. Depois do gol de Fred contra a Espanha na Copa das Confederações e, sobretudo, depois do gol contra a Sérvia, em ambos o atacante estava deitado, cercado por adversários. O curioso é que no restante dessas partidas ele fez muito pouco.

Chegaram a pensar em substituí-lo. Felipão confia nele, mas devia escalá-lo para ficar deitado na área dos adversários mas sem entrar em impedimento. De qualquer forma, eu também confio, por causa do Fluminense.

O terceiro recado seria para o ministro Joaquim Barbosa. Como todos sabemos, o Brasil ainda deve muito dinheiro à Inglaterra, por conta da Guerra do Paraguai. A dívida deve estar prescrita, mas a tenacidade do ministro e seu notório conhecimento dos fatos e atos da humanidade encontrará argumentos nos mestres do direito internacional para obrigar dona Dilma a pagar a dívida. E queiram Deus e o Banco Mundial se não houver dívidas mais antigas.

Finalmente, um recado para os locutores do rádio e da televisão. Quando derem os números da última pesquisa eleitoral, não precisam avisar que os resultados podem variar para mais ou para menos.

Um recado suplementar para mim mesmo: tentar entender as bulas dos remédios que ando tomando. Pelos meus cálculos, eu já deveria ter morrido há 28 anos, para mais ou para menos.


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