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Painel do Leitor
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Protesto em São Paulo
O vandalismo não representa a indignação do povo contra as mazelas deste país ("Ato termina com bancos e lojas depredados", "Poder", 19/6). A violência retira e ofusca a legitimidade de qualquer protesto, greve ou reivindicação. Enquanto as ruas ficarem sob o domínio dos mascarados, seguiremos buscando outros meios de protesto até as eleições. Ainda acredito na democracia e na possibilidade de uma revolução silenciosa por meio de um ato consciente e pacífico: o voto.
LUIS D. DELMASCHIO (São José do Rio Preto, SP)
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Mascarados são os corruptos, de esquerda ou de direita, que se travestem de líderes. São especializados em roubar dinheiro público e impedem a solução dos principais problemas de nosso país, como a educação e a saúde.
EBER SOARES DE SOUZA (Niterói, RJ)
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Pergunto ao governador Geraldo Alckmin se ele já afastou o tenente-coronel responsável pela omissão da Polícia Militar em coibir os atos de vandalismo em São Paulo. Será que o oficial desconhece que não pode abrir mão do dever de proteger o patrimônio alheio, que não pode ser objeto de pactos ou de qualquer acordo que implique ausência? Sugiro às vítimas que acionem a Fazenda em juízo pelos prejuízos sofridos, colocando o oficial no polo passivo da demanda.
CLÁUDIO MARQUES, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (São Paulo, SP)
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A partir do momento em que a primeira pedra foi arremessada, qualquer "acordo de cavalheiros" deixou de existir. É essa a imagem que a polícia deseja mostrar ao mundo? Como ninguém foi preso? Estamos num país sem comando, sem autoridade, onde mascarados se infiltram em atos pacíficos e saem destruindo tudo à sua frente porque sabem que sairão impunes.
ANNIE FISCHER (São Paulo, SP)
Copa do Mundo
As principais vantagens de sediar uma Copa são o apoio da torcida e a adaptação ao clima. Ao adotar a Granja Comary, em Teresópolis, como concentração, perdemos uma dessas vantagens. Enquanto o Brasil se prepara em baixas temperaturas para jogar no calor e na alta umidade, os alemães, inteligentemente, treinam na Bahia, inclusive cortando o uso de ar-condicionado.
JOSÉ WILSON RESENDE (Uberlândia, MG)
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Nada justificava a violenta campanha contra a Copa, patrocinada, sobretudo, pela grande imprensa. Um ciclo econômico virtuoso poderia ter se instalado nos últimos anos. É triste ver que nos foram roubados alguns anos de alegria, orgulho e altivez, sentimentos aflorados somente após esta primeira semana de Copa.
SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP)
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Ver a torcida japonesa limpando a sujeira deixada no estádio mostra o quanto os orientais estão na frente dos sul-americanos. Cultura é cultura, não tem jeito.
PAULO SÉRGIO R. PEREIRA (Rio de Janeiro, RJ)
Dívida argentina
Com a decisão da Justiça dos Estados Unidos, a Argentina não tem outra opção que não seja negociar com os credores que não entraram na reestruturação da dívida ("Argentina pressionada", "Opinião", 20/6). Ainda mais se considerarmos que esse é o último obstáculo, depois dos acordos com o FMI, Clube de Paris, Banco Mundial, Ciadi e Repsol. O calote seria um desastre. Caso sejam bem-sucedidas as negociações, a Argentina poderá voltar ao mercado internacional de crédito, resolvendo seus problemas de escassez de divisas e de baixo investimento externo.
JOSÉ OSVALDO GONÇALVES ANDRADE (Belo Horizonte, MG)
Robson Marinho
Diferentemente do que foi informado na reportagem "Promotoria move 1ª ação contra tucano acusado de receber propina" ("Poder", 18/6), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo Robson Marinho não é filiado ao PSDB. Não é hoje nem o era quando aconteceram os fatos pelos quais ele está sendo acusado pelo Ministério Público (1998). É, portanto, equivocado o título conferido à reportagem, assim como as informações nela conferidas, sem qualquer precisão, de que, por exemplo, o conselheiro é o mais "graduado tucano" a ser acusado no caso.
VANESSA SILVA PINTO, coordenadora de comunicação do PSDB-SP (São Paulo, SP)
RESPOSTA DOS JORNALISTAS FLÁVIO FERREIRA E MARIO CESAR CARVALHO - A reportagem não afirmou que Robson Marinho continuava filiado ao PSDB. Marinho foi um dos fundadores do PSDB, coordenou a campanha de Mário Covas ao governo de São Paulo em 1994 e foi o principal secretário até ser nomeado para o Tribunal de Contas do Estado. Apesar de ter se desfiliado para assumir o cargo, por exigência legal, permaneceu ligado ao partido, como mostra a reportagem "Presidente do TCE elogia tucanos", de 2006, que se encontra reproduzida no site do PSDB (bit.ly/presidenteTCE).
Ensino público
Ficamos aliviados ao ler que o secretário da Fazenda do governo Geraldo Alckmin, Andrea Calabi (Painel do Leitor, 20/6), posicionou-se a favor do ensino gratuito e da plena autonomia financeira das universidades públicas paulistas. Ressaltamos, porém, que "falsearam algumas questões" os que, a pretexto da atual crise da USP, argumentam a favor do ensino pago e de uma gestão privatizante da coisa pública.
FRANCISCO FOOT HARDMAN e ALCIR PÉCORA, professores da Unicamp (Campinas, SP)
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Gostaria dar os parabéns aos professores Francisco Foot Hardman e Alcir Pécora pelo artigo "100% escola pública" (Tendências/Debates, 19/6). É incrível a habilidade que a direita tem, ao menos na retórica, de inverter e absorver suas ruínas para acentuá-las e capitalizar ainda mais, tornando o sistema cada vez mais excludente. O vestibular, como bem assinalaram os autores, é, sim, uma ferramenta abominável de reprodução de desigualdades. Só mais uma no arsenal do capitalismo.
LUÍS FEDELI (São Paulo, SP)
