Folha de S.Paulo

Painel do Leitor

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Copa do Mundo

O sucesso da Copa é resultado de aspectos que nada têm a ver com o que foi feito tanto pela Fifa como pelo governo. O sucesso se deve, em primeiro lugar, ao que o futebol representa para o brasileiro, em segundo, à hospitalidade de nosso povo e, em terceiro, às belezas naturais do país.
JOSÉ BUENO LIMA, escritor (Santo André, SP)

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Se a Copa tivesse sido um fracasso, com caos em aeroportos, problemas de segurança, apagão, epidemia de dengue, colapso dos transportes e estádios inacabados, como a oposição e a mídia previram, a culpa seria de quem? Exclusivamente de Dilma e do PT. Hoje a Copa é considerada um sucesso dentro e fora do campo pela imprensa, pela Fifa e, mais importante, pelos brasileiros e pelos turistas estrangeiros. Agora o mérito é de quem?
CRISTIANO REZENDE PENHA (Campinas, SP)

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Nestes tempos em que tudo virou negócio, inclusive o futebol, dou um conselho à nossa seleção. Não se esqueça de que o objetivo máximo do esporte não é vencer a qualquer custo, mas esforçar-se ao máximo, dar o melhor de cada um e do time como um todo. Nem sempre esse esforço é recompensado com um placar favorável. Não pense na vitória, mas em jogar bem e em ter a glória dos que honram a camisa de seu país. Assim as vitórias virão e as lágrimas serão de alegria.
GUSTAVO A. J. AMARANTE (São Paulo, SP)

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A crônica de Rogério Gentile ("Monstros também amarelam", "Opinião", 3/7) mostra que episódios históricos podem ser construídos com versões nem sempre verídicas. Testemunha ocular dos fatos, afirmo que as "agressões" de Obdúlio não passaram de tapinhas no rosto pedindo calma depois de uma jogada mais violenta. E isso foi confirmado pelo próprio Obdúlio, inclusive em uma de suas visitas a Zizinho em Niterói. Bigode, jogando contra ele, eu o conheci bem: não era de levar agressões para casa. Se os gols saíram pelo seu lado, não foi devido a acovardamento, mas à falta de cobertura e ao talento de Ghiggia. É mais falsa ainda a afirmação de que ele "nunca mais disputou uma partida pela seleção brasileira". Dois anos depois, em Santiago, ele disputou várias na conquista do Pan-Americano.
HOMERO VIANNA JR. (Niterói, RJ)

RESPOSTA DO JORNALISTA ROGÉRIO GENTILE - Não afirmei que Bigode foi agredido, mas que o jornalista Mário Filho escreveu que ele levou "safanões". Disse também que o defensor negou ter sido agredido. Sobre o Pan-Americano, ele foi convocado, mas não atuou, segundo o livro "Anatomia de uma Derrota", de Paulo Perdigão, e a edição especial da revista "Placar" de 1986, em que constam as fichas de todos os jogos da seleção brasileira.

Eleições

A mídia --nacional e internacional-- teve de se render ao sucesso da Copa no Brasil, quase um sucesso absoluto. É o que indicam os números da última pesquisa Datafolha ("Com Copa, humor do país melhora e Dilma cresce", "Poder", 3/7). E não podia ser diferente, até porque o povo brasileiro sempre teve paixão pelo futebol e um dia sonhou com a possibilidade de sediar o maior evento esportivo do mundo. A subida de quatro pontos percentuais de Dilma é apenas uma consequência natural, o que não causa nenhuma surpresa.
GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

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Desde antigas eras já se conhecia o truque de deixar os famigerados governantes em paz: deem ao povão pão e circo e os mandachuvas continuarão se locupletando sem serem importunados. Portanto nada a estranhar na pesquisa Datafolha que mostra a ascensão de dona Dilma. Já imaginaram com o Brasil campeão?
ANTONIO CARLOS GOMES DA SILVA (São Paulo, SP)

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Dilma esteve no Espírito Santo e, mais uma vez, os capixabas ouviram a promessa de reforma do aeroporto de Vitória e da substancial melhoria portuária. Já vimos esse filme...
HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES)

Propaganda infantil

Acho que quem não entendeu o artigo de Hélio Schwartsman ("Propaganda infantil", "Opinião", 2/7) foi Danilo Pretti Di Giorgi (Painel do Leitor, 3/7). Proteger as crianças do consumo desregrado e educá-las é fundamental, no entanto isso deveria ser dever dos pais, e não de um Estado paternalista e autoritário.
ANA PAULA SILVEIRA DOS SANTOS (São Paulo, SP)

Comissão da Verdade

O título da reportagem "Dados dos EUA frustram Comissão da Verdade" ("Poder", 3/7), que tratou do recebimento de documentos do governo dos EUA relacionados à ditadura militar, não corresponde à realidade. A Comissão considera relevantes os documentos encaminhados ao governo brasileiro pelo vice-presidente Joe Biden. Entre outros aspectos positivos, eles contribuem para reforçar a comprovação da prática sistemática de tortura em instalações militares no período da ditadura, em contraposição à posição que até agora vem sendo adotada pelas Forças Armadas brasileiras. Os documentos estão disponíveis para consulta no nosso site e a Comissão deseja que a colaboração do governo americano tenha continuidade.
PEDRO DALLARI, coordenador da Comissão Nacional da Verdade (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA LUCAS FERRAZ - Três integrantes da comissão disseram à Folha que ficaram frustrados com o primeiro lote de documentos entregue pelo governo dos Estados Unidos.